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Carta do Bispo Diocesano para os Consagrados

MENSAGEM POR OCASIÃO DA 27ª JORNADA DA VIDA CONSAGRADA

 

Estimados Consagrados e Consagradas da Diocese de Rio do Sul, com toda a Igreja Católica celebramos o Dia Mundial da Vida Consagrada, neste dia 2 de fevereiro, na Festa da Apresentação do Senhor.

Nesta ocasião tão especial, de encontro e celebração da 27ª Jornada da Vida Consagrada, como bispo desta Diocese, me coloco em oração e sintonia com todos vocês. Sou agradecido a Deus pela vossa presença, sobretudo, pelo testemunho de vida que revela a presença de Cristo, junto ao presbitério, demais bispos e o povo santo de Deus de nossa Diocese, nas Casas Religiosas, nos Colégios, nos Seminários, nos Abrigos, nos Hospitais, nas Paróquias, nas Casas de repouso e nos serviços de pastoral.

Faço minhas as palavras do Presidente do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica: o Cardeal D. João Braz de Aviz, que em razão da viagem apostólica do Papa Francisco para República Democrática do Congo e Sul do Sudão, escreveu esta carta:

“Com esta jornada recordamos com gratidão a imensa graça da nossa vocação de sermos ‘memória viva da forma de existir e atuar de Jesus’ (Vita Consecrata nº 22), e conscientes de que a Sua graça é suficiente para nós, pedimos-Lhe com humildade e confiança, para vivermos o dom da fidelidade e a alegria da perseverança.

Esta Jornada nos une a todas as comunidades de vida consagrada presentes no mundo, peregrinas na mesma terra que nos sustenta e na qual vivemos esta história que nos interpela com seus desafios. Deus continua a chamar-nos a consagrar as nossas vidas nas diversas expressões que se complementam e enriquecem mutuamente, e que são acima de tudo um dom para Igreja...

O caminho Sinodal que a Igreja assumiu, afirma que, a missão alarga o espaço de nossa tenda e ensina-nos a crescer em sincera harmonia, fortalecendo os nossos laços, caminhando juntos, com a solicitude de Maria e com a sua profunda alegria.

A missão leva-nos à plenitude da nossa vocação cristã, dá-nos a oportunidade de retornar ao estilo de Deus que ‘é proximidade, compaixão e ternura’ que se expressa em palavras, em presença, em laços de amizade. Não podemos nos separar da vida, é necessário que alguém cuide ‘das fragilidades e pobrezas do nosso tempo, curando as feridas e sarando os corações dilacerados com bálsamo de Deus’ (Papa Francisco).

‘A missão é o oxigênio da vida cristã: tonifica-a’, assim afirma o papa. Para viver a missão a maneira de Deus, como vida consagrada, precisamos do sopro do Espírito, que oxigena a nossa consagração, que alarga a nossa tenda, que não permite que o desejo de sair e convidar os outros para proclamar o Evangelho se desvaneça ou ofusque, que reascende o fogo missionário verdadeiro protagonista da missão e ao mesmo tempo aquele que mantém o vigor da nossa fé para que ela não esmoreça.

Esta Jornada leva-nos, como vida consagrada, a colocar-nos algumas questões: invocamos o Espírito com força e frequência e pedimos-lhe que reacenda no coração o fogo missionário, zelo apostólico, a paixão por Cristo e pela humanidade? Sentimo-nos impelidos a ‘falar do que ouvimos’(1Jo 1,3)? Será que sentimos o anseio por Cristo? Será que sofremos e arriscamos, em sintonia com Seu coração pastoral? E acima de tudo, perguntemo-nos: é a Pessoa de Jesus, os seus sentimentos, a sua compaixão, que abrasa os nossos corações?

As Irmãs e Irmãos consagrados sempre assumiram, também nos últimos anos, os mesmos sentimentos de Jesus, que os levaram a dar a vida pelos irmãos. Neste dia celebramos o seu sangue derramado em união com Cristo, o que é mais eloquente do que qualquer discurso sobre missão. Junto deles está também o sangue derramado pelas vítimas da guerra, da violência, da fome e da injustiça.

Nós, que tocamos as Salvação de Deus dia após dia, vivemos a missão como um presente gratuito para os outros, de tudo o que somos e temos. Nós que tocamos ‘a carne sofredora e gloriosa de Cristo na história de cada dia’, alargamos a nossa tenda e assim partilhamos ‘um destino de esperança, aquela nota indiscutível, que vem de saber que somos acompanhados pelo Senhor”. Nós cristãos não podemos reter o Senhor para nós: a missão evangelizadora da Igreja expressa o seu envolvimento total e público na transformação do mundo e no cuidado da criação’ (Papa Francisco).

Onde quer que estejamos, seja qual for a nossa situação, somos missão se o amor de Deus estiver em nossos corações. A missão alarga o espaço de nossa tenda e ensina-nos a crescer em sincera harmonia, fortalecendo os nossos laços, caminhando juntos, com a solicitude de Maria e com sua profunda alegria.

Juntos, em comunhão e participação, somos a Missão de Deus!

Que Maria nos acompanhe no nosso caminho missionário.” (Cardeal D. João Braz de Aviz)

 

A todos os consagrados e consagradas de nossa Diocese, o meu abraço fraterno, acompanhado da disposição sinodal de caminharmos juntos, movidos pelo amor que nos vem de Deus e de Jesus, com a força do Espirito Santo.

 

Fraternalmente!

                                                                                                                       

D. Onécimo Alberton

Bispo Diocesano de Rio do Sul

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