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Planejamento Catequético

Estamos iniciando um novo ano e todo mundo sabe que, para bem começar um novo ano catequético, temos que pensar e contar com as vantagens e desvantagens, com as experiências vividas durante o ano que passou, com suas variáveis e consequências. É inevitável! A questão é: ou fazemos isso pensando; ou fazemos isso ao contrário, “quebrando a cabeça”, aprendendo do modo mais difícil.

Ao primeiro caso damos o nome de planejamento; ao segundo, inexperiência. Por isso é importante planejar. E o planejamento nos ajudar a atingir metas, a alcançar objetivos. Como é importante sentar e planejar, pois, do contrário, ficaremos na mesmice. Veja, por exemplo, como na catequese realizamos nossos encontros tendo como meta a recepção dos Sacramentos, sejam eles os de Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Confirmação), do Serviço (Ordem e Matrimônio) ou da Cura (Penitência e Unção dos Enfermos); mas, por vezes, ainda não nos empenhamos em colocar em prática ações que levem nossos catequizandos a despertar para uma consciência do engajamento na comunidade paroquial. Apesar do discurso na ponta da língua, também quase nunca os preparamos para a vida no mundo, onde devem viver como testemunhas convictas do Ressuscitado. Por vezes esta preocupação está em nossas catequeses, porém sem muita força. Não tem tanta ênfase como, por exemplo, a recepção sacramental. E isso, como tantas outras coisas importantes para a formação dos nossos catequizandos, precisa ser vista, precisa ser planejada.

E como saber e fazer isso? É aí que entra o planejamento e a consciência do trabalho em equipe. Seja como for, é necessário que toda catequese tenha um planejamento, onde haja objetivos e metas a serem atingidas a curto, médio e longo prazo, no sentido de fazer os nossos catequizandos apreenderem os conteúdos da fé, de terem uma vivência comunitária, e serem cidadãos cristãos convictos dentro e fora do espaço eclesial. Sobretudo lá fora, onde passamos a maior parte de nossas vidas: em casa, na escola, no trabalho, na rua, no mundo. E para isso é indispensável o planejamento.

Nós, catequistas, precisamos aprender a planejar. O planejamento serve para perseguir metas, facilitar a execução do trabalho, alcançar os objetivos traçados. Com isso, podemos ganhar tempo, não desperdiçar recursos e esforços, avaliar o caminho feito, refazer o percurso, contar com os imprevistos, nos preparar para conquistar o melhor, nesse caso, a excelência dos objetivos alcançados.

Podemos, então, nos perguntar: o que é necessário para fazer um planejamento? Primeiro, cada um em particular, e como equipe paroquial, deve tomar consciência da importância do planejamento; segundo, aprender a trabalhar em equipe, para o mesmo fim; depois, ter clareza do que todos querem; para, em seguida, ver com quais recursos humanos, financeiros, didáticos e espirituais podem contar para realizar tal tarefa. Aliás, foi isso que Jesus, no Evangelho, nos ensinou a fazer, conforme Lucas 14,28-32. Uma vez, tendo essa convicção, fazer uma análise da realidade, ver quais as suas necessidades, o que a Palavra aí nos interpela, o que é importante além daquilo que como catequese temos a oferecer. Precisamos enfatizar a catequese como educação e aprofundamento da fé, que nos move a viver como cristãos. E sua resposta vai depender da capacidade do grupo de articular e realizar as tarefas.

Evidentemente devemos estar atentos às variáveis do planejamento. Uma equipe dividida, desunida, uns que acham que sabem mais que outros, palpiteiros de última hora, os que botam defeito em tudo e aqueles que se sentem mais santos que os outros são os entraves que, antes de começar, atrapalham todo o processo.

É importante estar abertos ao processo, ao novo. Para um bom planejamento catequético, é preciso trabalho de equipe, ter foco, levar em consideração a realidade da comunidade, dos catequizandos, das famílias. Senão, fica difícil planejar, inclusive tomar decisões.

Aliás, diante dos conflitos, Santo Agostinho nos dá uma boa dica: em tudo a liberdade, na discórdia a caridade, na concórdia a comunhão. Essa é a lição mais difícil. Creio que compreendemos. O planejamento se faz necessário para o sucesso de uma boa catequese e para um bom resultado dos objetivos almejados. Com o planejamento organizado, o nosso papel de catequistas é maravilhoso, gostoso de se fazer. A comunidade é quem ganha.

E então? Na sua Paróquia, no seu grupo de Catequistas, há planejamento? Como é essa experiência?

 

SILVANA LAUREANO DA SILVA DE SOUZA

Coordenadora Diocesana de Catequese

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