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Encontramos Esperança pela Intercessão da Virgem Maria

Um novo ano se inicia e com grande alegria e júbilo entramos no Ano Santo Jubilar 2025: “Peregrinos da Esperança”. O Santo Padre afirma que “a esperança cristã é um presente de Deus, que enche de alegria nossa vida. E, hoje, necessitamos tanto dela. O mundo a necessita tanto”

Como peregrinos rumo à Jerusalém celeste, olhamos para o alto, para o céu, como meta final. Buscamos forças, entusiasmo, alegria e esperança em Jesus pelas mãos de Sua Santíssima Mãe. Ela nunca nos abandona. Podemos dizer que Ela é a Mãe da Esperança. A seguir veremos o milagre reconhecido pela Igreja, dedicado à Nossa Senhora da Esperança de Pontmain, retirado do artigo “História da Igreja – Arautos do Evangelho – autor: Ir. Angelis David Ferreira, EP.”

“Em plena guerra franco-prussiana, quando a pequena cidade francesa de Pontmain estava prestes a ser invadida, uma belíssima Dama apareceu no céu. Naquela mesma noite, a aflição se tornou esperança.

Naquele 15 de janeiro de 1871, o ano ainda estava em seu nascedouro, trazendo para a pequena cidade de Pontmain, situada a 320 km de Paris, todas as esperanças e apreensões próprias da aurora.

Nesta população de apenas quinhentos habitantes, o Pe. Guérin, grande devoto de Maria Santíssima e Pároco da matriz havia trinta e cinco anos, procurava reunir o povo para rezar o Rosário. Os camponeses afluíam sempre com alegria para a oração, porém, naquela tarde, a situação era diferente: o medo e a incerteza assolavam os fiéis. Por mais que o sacerdote tentasse animá-los com cânticos, só se viam lágrimas em seus rostos.

Qual a razão de tamanha tristeza? A França e a Alemanha estavam em guerra. Corriam notícias de que o exército prussiano, tendo chegado às portas de Laval, já se aproximava de Pontmain.

Naquela trágica semana de inverno, a neve cobria toda a cidade. Crostas de gelo revestiam as janelas e os telhados.

Dois dias depois da cena que acabamos de narrar, as crianças da família Barbedette conversavam em casa sobre a ausência do irmão mais velho, convocado pelo exército para defender a pátria, quando o infantil colóquio foi subitamente interrompido pelo pai. Ele os levou para o celeiro, a fim de prepararem uma ração extra para os cavalos, que muito sofriam com as baixas temperaturas.

Por volta das cinco da tarde, Eugène Barbedette, de doze anos, e seu irmão Joseph, de dez, terminaram o serviço. Ao saírem do celeiro depararam-se, para sua surpresa, com uma extraordinária figura no céu: era uma Senhora de rosto indizivelmente amável, que permanecia no ar, em pé, frente a eles. Estava trajada com um longo vestido azul, adornado por estrelas douradas, e trazia na cabeça uma linda coroa de ouro.

Pouco tempo depois juntaram-se a eles duas meninas: Françoise Richer, de onze anos, e Jeanne-Marie Lebossé, de nove. Elas também viam a esplendorosa Dama. As exclamações cheias de entusiasmo das crianças acabaram por chamar a atenção de quase todo o vilarejo, atraindo à propriedade da família Barbedette uma verdadeira multidão.

Os camponeses que se avolumavam junto à casa dos Barbedette desejavam presenciar a aparição da nobre Dama. Entretanto, nem todos acreditavam no que as crianças diziam, pois somente elas a viam.

Também o Pe. Guérin acorreu ao local. Embora nada visse, sentiu-se tomado pela graça e entoou o hino nascido dos lábios da própria Rainha do Céu: o Magnificat. Quando todos cantavam, as crianças viram aparecer uma flâmula abaixo dos pés de Nossa Senhora, na qual mãos invisíveis escreviam em letras de ouro: 'Rezem, meus filhos'. E, enquanto a multidão prosseguia com o cântico, foi acrescentada mais uma misteriosa afirmação: 'Deus logo vos ouvirá'.

Em certo momento, notaram uma grande luz, que brilhava mais que o sol e, quando se pensava que a Mãe de Deus partiria, uma derradeira frase foi desenhada a seus pés: 'Meu Filho Se comoveu com vossas súplicas'. Diante da misteriosa mensagem, todos mantiveram-se em silêncio, rezando.

Nada se ouvia, até que uma voz se elevou da pequena multidão, entoando um hino local que louva Maria Santíssima enquanto Virgem Mãe da Esperança. Nesse exato instante, a majestosa Senhora ergueu suas mãos aos céus e, movimentando delicadamente os dedos, olhou para as crianças com muita ternura.

Porém, uma sombra de tristeza se fez notar naquele suave e resplandecente semblante. No momento em que na música se dizia 'Meu doce Jesus, agora é o tempo de dar o vosso grande perdão aos nossos corações endurecidos!', a Virgem apontou para um sinal que portava sobre o peito. Era uma cruz vermelha, na qual se podia ver perfeitamente a Nosso Senhor. Acima dela, uma faixa branca trazia inscrito o nome de Jesus, também em vermelho. Os lábios da Senhora do Céu moviam-se em oração.

Por ordem do Pároco, todos permaneceram em vigília até o fim da aparição, que se prolongou por mais três horas. Além dos dois irmãos Barbedette e das duas meninas, relatos populares narram que mais três crianças viram Maria Santíssima no céu de Pontmain. Eram Eugène Friteau, de seis anos, Auguste Avice, dois anos mais novo, e a filhinha do sapateiro que, sendo ainda criança de colo, não parava de pular nas mãos da mãe, estendendo seus bracinhos para o ar como se quisesse ir para junto de Nossa Senhora.

Ao mesmo tempo em que a Mãe de Deus infundia esperança nos corações dos moradores da pequenina cidade, parecia também intervir nos lances da guerra que tanto amedrontavam os habitantes da região.

Naquela mesma noite, o comandante do exército alemão, o general Karl Von Schmidt, recebeu uma ordem inesperada de recuar. E, dez dias depois, França e Alemanha assinavam um tratado de paz. Acontecera o que muitos passaram a chamar de 'o grande milagre de Pontmain'.” 

Que Nossa Senhora da Esperança nos ajude a viver este Ano Santo Jubilar.

Deus nos abençoe.

Salve Maria! 

 

DIÁCONO LEONARDO E PRISCILA KLETTENBERG

Paróquia Cristo Rei – Taió/SC

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