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Em lugar de contribuir com o Dízimo, posso doar a quantia correspondente aos pobres?
Não é o melhor, porque assim você ajudará uma ou outra pessoa apenas. Já o Dízimo, somado aos Dízimos dos demais, poderá ajudar muito mais pessoas e com quantias maiores, quando necessário. O que não impede de dar ajuda.
Posso enviar o correspondente ao Dízimo aos projetos de evangelização, como às TVs e às Novas Comunidades?
O dízimo é paroquial. É à Paróquia que se deve dar preferência, por ser o núcleo base da evangelização, inclusive no que diz respeito aos mais pobres. Depois de contribuir com o Dízimo na minha Paróquia, nada me impede que eu faça ofertas aos projetos de evangelização, às TVs católicas e às Novas Comunidades.
Qual a diferença entre o Dízimo e as ofertas?
O Dízimo é um compromisso que assumo com a minha Paróquia. As ofertas são doações espontâneas que faço à minha Paróquia ou a outras Paróquias e entidades.
Porque o Dízimo não é pagamento?
Porque a Igreja não é uma empresa, que compra e vende. Se não tiver lucro, a empresa vai à falência. A Igreja, presente em cada Comunidade, pode ter um só ''lucro'': o anúncio integral do Evangelho. Por isso, ela não recebe pagamento, e sim partilha e/ou contribuição.
O Dízimo é uma fonte de bênçãos?
Sim, é uma fonte de bênçãos, mas não a única. Toda vez que abrimos o coração, a mente, isto é, todo o nosso ser a Deus, Ele nos abençoa, pois quer nos abençoar sempre. Mas, se estamos fechados a Ele, nada Ele pode fazer. O Dízimo é uma das chaves que abre o nosso coração, permitindo que Deus o inunde com Suas graças.
Basta “pagar” o Dízimo para receber bênçãos?
Não. Deus não se vende, nem se deixa “convencer” por nossos agrados, mesmo porque Ele não precisa de nada do que achamos que é nosso, mas que, na verdade, é dEle. Quem tenta negociar com Deus por meio do Dízimo não abre o seu coração a Ele, porque não o faz a partir da fé. Podemos doar milhões à Igreja e não ser abençoados; mas também podemos doar bem pouco e ser muito abençoados [...].
A Igreja é rica?
Ela tem muitos bens, todos a serviço da evangelização por meio das Paróquias com suas Comunidades. Ela não usa do que possui para beneficiar esta ou aquelas pessoas: até o Papa vive pobremente, com austeridade. Tudo o que está em nome das Dioceses e Paróquias tem como objetivo único a evangelização. Quanto às obras de arte e aos documentos históricos raros, a Igreja presta um serviço cuidando delas, para que não se deteriorem. Alguns Papas já se manifestaram a favor de que alguma instituição pública e universal os assuma e deles cuide.
Porque em minha comunidade ainda coexistem Dízimo e taxas?
Certamente porque o Dízimo ainda não é o suficiente para sustentar a Comunidade. Daí o Dízimo e as ofertas serem complementadas pela cobrança de taxas. Os Bispos do Brasil esperam que todas as Paróquias tenham Dízimo suficiente para poder eliminar as taxas.
A Igreja é “dinherista”?
Não. A Igreja precisa de bens temporais, inclusive de dinheiro, como meios para cumprir com a sua missão de evangelizar. A Igreja é peregrina nesse mundo, como o foi Jesus, e por isso não existe para enriquecer, e sim para edificar o Reino de Deus. Se, por acaso, uma comunidade cristã assumisse como prioridade a riqueza, ela trairia Jesus, porque não é o que Ele pede dela. Portanto, sim, nós precisamos dos bens desse mundo, mas não nos tornamos seus servidores; eles devem estar a serviço do Evangelho.
Texto retirado do livro:
Pe. Cristovam Iubel. Formação para Agentes da Pastoral do Dízimo.
Brasília: Edições CNBB, 2023.
COMISSÃO DIOCESANA DA PASTORAL DO DÍZIMO