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A primeira família a morar na comunidade foi a família de Max Hoto Neuber e Ema Augusta Neuber, vindas da Alemanha, da cidade de Frankfurt, no ano de 1912. Foram morar na comunidade com cinco filhos e uma filha ficou morando na Alemanha.
A segunda família não se sabe ao certo o ano, mas foi a família de Alfredo Staloch, família com nove filhos.
A terceira família foi a de Guilherme Bruggemann no ano de 1920. A família teve quatro filhos e veio de Braço do Norte/SC.
No ano de 1922 foi residir na comunidade a família de Jacó Fuck e Helena Schweizer, vonda de São Pedro de Alcântara/SC. Tiveram oito filhos.
No ano de 1923 compraram suas terras na comunidade André Henrique Gesser e Pedro Gesser e foram residir lá no ano seguinte. Ambas as famílias vindas de São Pedro de Alcântara. André Henrique Gesser e Emilia Muller tiveram oito filhos e Pedro e Catarina Gesser tiveram doze filhos.
Nos anos seguintes chegaram as famílias Springer, Hintermann, Holler, Hilleshein, Muller, Yanquer, Stock, entre outros.
As dificuldades da época eram o isolamento, falta de estradas, os animais selvagens que comiam as plantações, falta de lugares para comprar os alimentos básicos e falta de compradores das mercadorias excedentes que produziam.
As primeiras famílias católicas frequentavam a igreja matriz de Ituporanga e por volta de 1930 começaram a frequentar a igreja de Santa Tereza. Os serviços religiosos eram atendidos nos dias de missa.
A movimentação religiosa na comunidade começou por volta de 1950, com a chegada da família Wiggers. A partir deste ano começou a ser rezado o terço. Neste ano foi rezada a primeira missa na Comunidade, na casa de Evaldo Roberto Wiggers. Quem presidiu foi o Padre Francisco Spaeth. A partir deste ano começou a ser rezado o terço e a ter catequese na escola da comunidade. O primeiro capelão foi Evaldo Roberto Wiggers e sua esposa o ajudava. Depois tiveram a ajuda de Roque Borgonovo. O material usado era o rosário.
Os líderes eram Evaldo Roberto Wiggers, Roque Borgonovo, Arnoldo Bruggemann, Arnoldo Rodolfo Schmitz, João Savi.
A pedra fundamental foi colocada no dia 21/05/1967 e a igreja foi construída com madeira doada pela própria comunidade. Toda a comunidade ajudou em sua construção. Eram feitos seis grupos de pessoas. Cada grupo trabalhava um dia por semana. Os carpinteiros que ajudavam a construir eram José Hintermann, Vendolino Mees e Evaldo Roberto Wiggers.
Quando a igreja foi construída as famílias residentes na comunidade eram: Joé Lino Cunha, Arnoldo Bruggemann, Vergilino Mees, Arnoldo Rodolfo Schmitz, Laudelino Bruggemann, Nilo Hilleshein, Lindolfo Sebold, Eduardo Bruggemann, Evaldo Roberto Wiggers, Roque Borgonovo, Paulo Hintermann, Jose Lino Justen, Jose Hintermann, eo Gesser, Rodolfo Jensen, Lino Leonardo Fuck, Valdemiro Fuck, Maria Junks, Oscar Assing, Osmar Assing, Arlindo Assing, João Savi, Hari Grosser, José Hermes, Henrique Hilleshein, Leonardo Hilleshein, Antonio Gesser, João Gesser e Siefrego Krugger.
Em 1966, quando tiveram a idéia de construir a igreja, Evaldo e Gertrudes Wiggers optaram pelo padroeiro Cristo Rei e Roque Borgonovo gostaria que o padroeiro fosse São Roque. Como não chegaram num entendimento, foi colocado em votação para a Comunidade, e o escolhido foi o padroeiro Cristo Rei. A imagem foi comprada com o dinheiro da própria comunidade.
O Padre que presidiu a primeira missa na comunidade, na casa de Evaldo Roberto Wiggers, foi o Pe. Francisco Spaeth. Na igreja quem presidiu a primeira missa foi o Pe. Pedro Heinzer. Outros padres que passaram pela comunidade: Pe. Henrique Kestring, Pe. Evaristo Borgert, Pe. Lino Auderle, Pe. Constantino Demaq, Pe. Alírio Vicenzi, Pe. Sidnei Vitali, Pe. José Francisco Krug, Pe. Marino Loffi, Pe. Rene Gesser, Pe. Auri José de Oliveira, Pe. Cácio Rozza.
Os primeiros ministros da Comunhão surgiram em 1977. A comunidade recebeu com aprovação de 100%. No dia 27/02/1977 os ministros tomaram posse. Foram Ivo José Wiggers e Arlindo Senem. Neste dia houve uma confraternização para toda a comunidade.
A maioria das atividades eram a agricultura e a retirada de madeira para vender. No inverno eram feitos roçadas de mato, retirada de madeiras para vender ou serrar para o próprio uso. No início do verão eram queimadas as roçadas para fazer a plantação. Plantava-se milho, abóbora, aipim, cana-de-açucar e batata-doce. Faziam engordas de porcos para vender. Plantava-se para o próprio consumo: arroz, feijão, frutas e verduras. Criava-se galinha e gado.
Para conservar os alimentos era feito carne de sol e a carne de porco era guardada na própria banha. Os alimentos que não produziam eram comprados nas casas de comércio de Rio do Sul ou Ituporanga.
As primeiras casas eram de madeira bruta e chão batido e a cobertura era feita de pedaços de madeira rachados. Por volta de 1935, com a construção de uma serraria na comunidade, as casas começaram a ser feitas de madeira serrada. Por volta de 1940 foram construídas as primeiras casas de alvenaria.
As casas de alvenaria pertenciam a: João Hintermann, Arnoldo Bruggemann, Maria Sebold, José Hintermann, Lino Leonardo Fuck e Oscar Assing.
Os meios de transporte utilizados eram carroças, carros de boi e charretes. As estradas eram de barro sem macadame e o acesso era muito difícil. Para vender os porcos era preciso ir tocando pea estrada até o açougue ou até um ponto onde uma carroça poderia pegar.
A primeira festa da comunidade foi feita logo após a escolha do padroeiro. Em preparação da festa foram escolhidos os noveneiros e nos nove dias que antecediam a festa era feita uma novena. Eram escolhidas quatro famílias como festeiros. Estes se encarregavam de organizarem a festa, fazendo as barracas, pedindo prendas, e fazendo os pratos que eram sevidos na festa.
No início da colonização era tudo muito difícil. Não haviam lugares para comprar as coisas. Hoje é mais fácil para comprar, os meios de transporte melhoraram muito, tem telefone, energia elétrica, boas escolas, boas moradias, saneamento básico, não há famílias passando fome.
Jovens que foram para o seminário: Rogério Savi, Ivo José Wiggers, Renato Borgonovo, Nilo Schmitz, Erculis Gesser, René Gesser, Rubens Block. “Uma das melhores coisas que um jovem pode fazer é uma preparação em um seminário, porque está mais preparado para a vida” (Ivo José Wiggers). Destes seminaristas, o único que ficou Padre foi René Gesser.
A única moça da comunidade que foi para o convento e se formou religiosa, atuando por muitos anos, foi Virginia Maria Gesser.
Um dos movimentos religiosos da comunidade é a Irmandade de Nossa Senhora Auxiliadora, que se encntra a mais de 50 anos, uma vez por mês, para rezar terço e jogar bingo.
Na comunidade há apenas um cemitério evangélico. A primeira pessoa que morreu na comunidade foi Ema Augusta Neuber, que está enterrada neste cemitério. As pessoas católicas que morrem na comunidade são enterradas no cemitério de Santa Tereza.
A comunidade possui sala de catequese, cancha de bocha, bar e salão de festa.
A Igreja colaborava no sistema de lazer da comunidade nas tardes dançantes, na cancha de bocha, no botequim para jogar dominó e canastra.
Um fato marcante da comunidade foi a construção da igreja. Outro fato foi a chegada da energia elétrica e também a ordenação do Pe. René Gesser.
Houveram várias visitas do Bispo D. Tito e, recentemente, a visita de D. José, no dia 27/11/2010, com a realização da Crisma.
Dia do Santo Padroeiro
Último Domingo do Tempo Comum
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