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Comunidades

Comunidade São José Operário

Os primeiros moradores desta comunidade foram: Bernardo Vandresen, Benedito Foiser, Rodolfo Stüpp, Valter Preis, Gerônimo Tenfen, Germano Blasius, Pedro Wairis, Adolfo Becker, Pedrinho Adriano, SamuelHerns, Leopoldo Tenfen e Fredolino Konol.

Os primeiros moradores vieram quase todos da região do litoral e eram todas famílias grandes. Ao chegar em Chapadão Nova Itália não encontraram praticamente nada. Plantava-se apenas aipim, arroz, e poucas terras de milho. A maior fonte de renda era a engorda de porcos.

Para comprar o necessário (sal, querosene, algumas ferramentas) e vender mantimentos era necessário ir à Aurora, mas a maioria das pessoaas iam a Rio do Sul com carroça de 2, 4 ou até 6 cavalos.

Quando uma pessoa ficava doente era atendido por farmacêuticos. As mães, para darem à luz, eram atendidas por parteiras. A parteira chamava-se Olivia Coradelli.

Em uma época, os porcos foram atingidos por uma doença, e muitos proprietários tiveram que abandoná-los. Logo depois foi descoberta uma vacina e a doença foi controlada.

No início era comum cada família possuir de 9 a 10 filhos por casal.

A primeira igreja frequentada por esta comunidade foi a de Santa Tereza e, logo após, Nova Itália. Os batizados, casamentos e Primeiras Comunhões eram bem programados e bem atendidos pelos padres. Os batizados eram realizados fora das Celebrações. Lá pelo ano de 1974 os batizados começaram a fazer parte da liturgia da Missa, sendo realizados durante as celebrações. Pe. Pedro gostava muito de realizar os casamentos nas Missas e os nomes dos casais eram anunciados com antecedência na Comunidade ou na Paróquia. As Primeiras Comunhões eram realizadas nas comunidades com crianças entre 7 e 14 anos de idade. As primeiras catequeses eram dadas pelo padre uma vez por mês, mas logo se formou um catequista, o  Sr. Rodolfo Stüpp. Para a celebração da Primeira Comunhão os rapazes vestiam calça azul e camisa branca e as eninas usavam vestidos brancos e compridos, além de véu e grinalda.

Lá pelo anos de 1974 a comunidade se movimentou para ter as próprias celebrações. Devido às terras planas, o número de família cresceu, assim como a dificuldade de locomoção e distância até Nova Itália, além da precariedade das estradas. As lideranças decidiram pedir para o Pe. Pedro e para a Diretoria de Nova Itália que fossem celebrados cultos, missas e terços na própria comunidade. O capelão era a Dona Alda Feliciano. O material utilizado eram textos, o livro “Aleluia” e o livro “Cecília”.

As principais lideranças da época eram: Rodolfo Stüpp, Raulino Schmoeller, Arnoldo Stüpp, Cecília Stüpp, Paulo Tenfen, Martinm Füchter. Esses mesmo líderes também construíram a escola e o campo de futebol.

A festa da Pedra Fundamental da capela aconteceu no dia 02 de maio de 1976. A capela foi construída com doações do Pe. Pedro e da própria comunidade. Os pedreiros foram: Ivo Cipriani, Nelson Cipriani, Willi Masselai e Tarcísio Masselai, com a ajuda de todas as famílias da comunidade.

As famílias existentes na comunidade na época da construção da igreja eram as de: Valdolino Stüpp, Valmor Stüpp, Antônio Jasper, Arno Stüpp, Paulo e Pedro Ivo Tenfen, Lindolfo Stüpp, Estevam Blasius, Militino Stüpp, Henrique Stüpp, Angilberto Jasper, Antonio Selhorst, Oevaldo Preis, Valter Preis, Martinho Füchter, Romoaldo Carvalho, José Araújo, Família Hellmann, Família Schotten, Sigmundo Stüpp, Arlindo Tenfen, Silveiro Tenfen, Plinio Tenfen, Ivo Tenfen, Aldo Freiberger, Luzia Marcelino, Bernardo Tenfen, Raulino Schmöeller, Elias Selhorst, Marcolino Wigger, Lauro Schotten Maria Stüpp, Rodolfo Stüpp, José Nimberg, Alfredo Schroeder, João Veber, Tarcisio Andrade, Nilson Blasius, Rodolfo Stüpp, Vilson May, Nilvo Jister, Leopoldo Will, Quirino Selhorst, Valdevino Selhorst, Saul Ribeiro, Isonio Agostinho Grah, Eduardo Küster, Alfredo Küster, Ancelmo Tenfen, Arnoldo Tenfen, Celso Stüpp, Nelson Justen, José Dias, Raulino Dias, Família Timbler.

A escolha do padroeiro aconteceu da seguinte forma: a primeira Missa na comunidade ocorreu no dia 19 de março de 1976, dia de São José; além disso, uma pessoa muito querida da comunidade, um dos líderes que ajudou na construção da comunidade se chamava José Stüpp. Então foi decidido, junto com o Pe. Pedro o padroeiro São José Operário. A imagem foi comprada e doada pelo Pe. Pedro e Rodolfo Stüpp.

A primeira Missa foi presidida pelo Pe. Pedro Heisel. Outros padres que trabalharam na comunidade: Pe. Henrique Kessim, Pe. Lino, Pe. José, Pe. Tiago, Frei Alcides, Pe. Sebastião, Pe. Alírio, Pe. João, Pe. Edolar, Pe. Rene, Pe. Auri, Pe. Cássio e Pe. Evaristo.

Os primeiros ministros da comunidade foram Osvaldo Preis e Pedro Ivo Tnfet, com a primeira provisão datada de 25 de maio de 1978. Tiveram grande apoio da comunidade. Pedro Ivo permaneceu ministro por 19 anos e Osvaldo Preis por 23 anos.

A maior parte das famílias eram agricultoras, produziam para  próprio sustento. Os produtos eram: açúcar mascavo, farinha de mandioca, polvilho. O milho eram levado para o moinho para fazer fubá. Também havia banha e carne de porco, carne de animais, galinha caipira, ovos, leite. Com o leite era feito queijo e manteiga. Mel de abelha, batata, aipim, arroz. Caprichavam muito na horta doméstica e no pomar das frutas.

As famílias se visitavam, limpavam as roças, faziam festas de aniversário, domingueira e surpresas. Gostavam de cantar em alemão, por serem descendentes desta etnia.

Só compravam o necessário, como sal, querosene e trigo. Alguns produziam a própria energia elétrica (queda da água; Dínamo). Os remédios e roupas eram comprados em Rio do Sul.

A maioria das casas eram de madeira e cobertas com tabuinhas. Eram feitas de pinheiro e estes eram rachados em pedaços pequenos para cobrir as casas. Alguns também utilizavam telha chata. Casas de alvenaria só surgiram por volta dos anos 1980. O sistema sanitário era composto de uma privada construída uns 30 metros longe da casa.

Na época existia apenas a carroça, e tudo era transportado utilizando-a, tanto para o trabalho como para ir à Missa. Nas propriedades era utilizado o carro-de-boi ou Zorra. Para chegar em Aurora ou Ituporanga havia a balsa sobre o Rio Itajaí-Açu. O primeiro jipe foi comprado pelo Sr. Valter Preis no ano 1965 e o primeiro caminhão foi comrado pelo Sr. Ivo Tenfen no ano de 1979.

As estradas eram péssimas e, por ser um lugar alto, a dificuldade aumentava devido a duas serras. Os agricultores se reuniam e conservavam as estradas. Em época de chuvas  era necessário utilizar mais animais por carroça.

As festas da comunidade eram preparadas com antecedência. Haviam também as novenas, noveneiros, leiloeiros por causa das prendas que eram ganhas. A música e o som para auxiliar na Missa e na animação vinham de Blumenau trazida pela família Stüpp, filhos da comunidade. A comida era churrasco assado na rua, sobre brasa. O frango era assado em forno a lenha. Na casa dos agricultores a ceveja era gelada nos porões, abaixo do assoalho. Não poderia faltar o “guimis”, prato preferido. Sábado a noite sempre havia o Baile, animado por uma banda. A energia elétrica era gerada por um dinamo, motor elétrico, tocado por um tobatta, ou então era utilizada a luz de querosene, tradicional lampião. Havia muita participação na Missa e no almoço.

No início da comunidade todo o trabalho era braçal e por tração animal. Hoje é diferente. A tecnologia alcançou a agricultura. Existe o calcário, herbicidas, fungicidas, tobatta, energia elétrica, trator, automóvel, telefone, televisão e todos os meios de comunicação.

Cinco jovens da comunidade foram para o seminário, mas nenhum concluiu os estudos para se tornar padre. Não tinham vocação e, além disso, o custo era alto. Mas o seminário era considerado o melhor lugar para estudar. Também três jovens foram para o convento, mas, assim como os meninos, nenhuma concluiu os estudos religiosos.

A comunidade sempre teve uma grande participação na Romaria da Terra. Também celebra o dia do Agricultor com uma confraternização, Missa com ofertorio vivo, trazendo os frutos da terra; nesse dia há um almoço grátis para toda a comunidade; há jogos, bingos. No Natal há distribuição de balas e chocolates para as crianças e idosos. A celebração de final de ano, no dia 31/12 à noite conta com a igreja cheia de fiéis para agradecer o ano que passou e esperar o ano que inicia.

Logo que a igreja foi construída também foi feito o cemitério, sendo o primeiro sepultamento de Valter Preis.

A capela sempre teve uma área grande de terra, de 1 hectare, doado pelo Sr. Arlindo Tenfen. Nesses espaço foi construída a igreja, o cemitério, o salão e um grande estacionamento. Exite hoje no salão um botequim, uma cozinha, uma churrasqueira giratória, fornos elétricos, área de lazer, além de dois banheiros masculino e dois banheiros femininos. O sistema elétrico e hidráulico é completo e o sistema sanitário na cozinha é apropriado.

No salão da comunidade também há a cancha de bocha, uma área para jogar dominó e baralho. Tanto homens como mulheres participam. Disputam o Campeonato Municipal de Aurora de duas em duas semanas. O Grupo de Idosos também utiliza o salão para suas atividades.

Um dos fatos marcantes da comunidade foi a compra do sino no dia 09 de outubro de 1977. Foi feita uma inauguração do sino. Os padrinhos de honra da compra do sino foram: Estevam Blasius (R$300,00), Antonio Aideman Jasper (R$300,00), Paulo Tenfen (R$300,00), Angeberto Jasper (R$300,00), Delvair Mateus (R$300,00), Augustinho Dias (R$5.000,00) e Rodolfo Stüpp e família (R$1.000,00). Como todas as doações foram feitas pelos homens, as mulheres da comunidade doaram os vasos de flores. Foram elas: Luzia Marcelino, Ilaria Schotten, Doraci Preis, Milita Numberg, Renilda Stüpp, Lidia Stüpp, Monica Preis, Ancelma Preis, Nilva Veber, Irma St6upp, Edite Grah, Ireni Selhorst, Izonir Andrade, Tina Tenfen. Os quadros da Via-Sacra foram doados por José e Lucia Martins.

Outro fato marcante foi a festa de aniversário do Bispo Dom Tito Buss, com a participação dos padres que já trabalhavam na diocese. Também as Missões Populares de 1999-2003. Em 2010 a Missa de abertura das Missões Populares 2009-2010 e a Missa de Encerramento das Missões no ginásio municipal de Aurora.

 

Dia do Santo Padroeiro

01 de maio

 

Endereço

Chapadão Nova Itália

Aurora/SC

CEP 89.186-000

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