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Os primeiros moradores, em 1935, foram: José Haveroth, Humberto Klaumann, Humberto Hellmann e Ricardo Hoepers.
Na data de 01 de agosto de 1935 o Rvmo. Pe. João Gruber rezou a primeira missa na localidade de Raso Feio, em casa particular de propriedade do Sr. Augusto Stüpp. Nesta ocasião foram batizadas as crianças Dionísio Hoepers, filho de Ricardo Hoepers e de Gertrudes Loch Hoepers, e a menina Heloise Petry, filha do Sr. Francisco Petry e de Ana Petry.
Nesta época eram os seguintes os moradores desta localidade, em número de 20: Pedro Gesser, Alberto Petry, Antônio Scharf, Manoel Tavares, Augusto Stüpp, Nicolau Stüpp, Bernardo Stüpp, João Bernardo Coelho, José Haverroth, Teodoro Esser, Martinho Esser, Guilherme Warmling, Hugo Esser, Ricardo Hoepers, José Pickler, Humberto Hellmann, Guilherme Oderdenge, João Oderdenge, Humberto Klaumann.
Frequentava-se a capela de Raso Feio e Santo Antônio antes da construção da capela. As missas eram presididas em latim e o Padre era buscado na Estrada Geral Santa Tereza de carroça, uma vez por mês. Aos sábados o atendimento era para confissões e Domingo eram realizadas duas Missas e uma bênção do Santíssimo. Na segunda-feira mais uma Missa pela manhã. A crianças já faziam a Primeira Comunhão quando frequentavam a 1ª série.
Para se movimentar eram utilizados cavalos, carroças ou a pé. O capelão era o professor e os materias usados eram textos e o livro Aleluia.
Os líderes da comunidade eram os próprios integrantes das Diretorias.
Estes, desejosos de ter uma capela para render culto a Deus, iniciaram os trabalhos no ano de 1937, construindo, no mesmo ano, uma capela de madeira de 8mx10m, escolhendo como padroeiro o glorioso santo São Martinho.
A primeira diretoria empossada ficou assim constituída: Presidente – Alberto Petry, Tesoureiro – Augusto Stüpp, Secretário – Bernardo Stüpp.
Em 1938 foi construída uma escola, cujo primeiro professor foi o Sr. Leonardo Hoepers, que lecionou 3 anos nesta escola, de 1938 a 1941, quando foi substituído pelo Prof. Ricardo Hoepers, que assumiu a direção da escola.
No ano de 1946 foi construída uma torrezinha na capela e comprado um sino, cuja bênção ocorreu em data de 16 de fevereiro de 1947. Foi oficiante o Rvmo. Pe. Sílvio Satter, então diretor do ginásio São Paulo, de Ascurra, município de Indaial. Foram padrinhos os Srs. Adão Stüpp, Augusto Stüpp e Samuel Schlemper.
Em 22/05/1950, D. Inácio do Ribeirão Preto, Bispo Coadjutor da Diocese de Joinville, visitou esta comunidade e ministrou o Sacramento da Crisma.
Em 1956, estando a capela já em estado precário e pequena para comportar os fiéis (82 famílias), viu-se a necessidade de construir uma capela nova, ampla, de tijolos, etc. Surgiu, então, o problema da escolha do local, visto que muitos desejavam que fosse construida em local mais central. O Pe. Pedro Heisel, encarregado das capelas desta região, houve por bem resolver esta questão por meio de votação. Efetuada a votação verificou-se que a maioria absoluta votou pela trasladação da igreja e escola para local mais central da povoação e mais apropriado. Apresentou-se o projeto ao Rvmo. Pe. Vitor, vigário de Rio do Sul e este veio examinar o local, estudou o projeto, dando sua plena aprovação, prometendo legalizar tudo com Sua Excia. D. Inácio Krause, Bispo Coadjutor de Joinville, mandando imediatamente escriturar o terreno doado e iniciar os trabalhos.
Em 21 de agosto de 1956, estando presente o Pe. Pedro Heisel e o representante do Delegado Regional demoliu-se a antiga capela e a escola (que era pequena e insuficiente), cujo material foi transportado para o local escolhido, onde construiu-se um prédio escolar do tipo rural: amplo, com duas salas amplas, em uma das quais foi instalada a capela provisória.
Próximo ao local da igreja foi construida uma olaria destinada a fornecer os tijolos para a futura igreja, iniciando também os trabalhos da terraplanagem, cortação de pedras e transporte das mesmas para o local da construção.
Em 02/06/1957 realizou-se a festa da bênção e lançamento da primeira pedra. O construtor responsável, o Sr. Lídio Piva, encarregou o seu pedreiro de confiança, o Sr. Elizeu Bertotte, para deitar o alicerce e construir a igreja, que tem as seguintes dimensões: Nave – 11mx21m (por dentro), Parte do Altar – 5,70mx7,80m, duas Sacristias com 4mx4m cada uma.
Os trabalhos da construção continuaram normalmente (tendo havido pequenas interrupções) até maio de 1959, quando ficou na altura de 7,40m, pronta para receber o telhado. Por falta de recursos ficou, então, paralisada até julho de 1960. Contratou-se, então, o mestre Vendelino Mees para fazer a armação do telhado, serviço que ele realizou em poucos dias, de modo que em fins do mesmo mês estava pronto.
Os colaboradores para a construção da igreja foram a própria Comunidade e o Pe. Pedro.
No período da construção da igreja pertenciam à Comunidade 59 famílias.
A idéia do padroeiro surgiu da seguinte maneira: algumas famílias vieram de Tubarão, da Comunidade São Martinho; essas famílias, então, resolveram colocar como padroeiro da Comunidade São Martinho.
Em 14/08/1960 o Rvmo. Pe. Daniel Feder, vigário de Rio do Sul, veio examinar a igreja e ver se estava apta para o culto e para as pregações das santas missões, que realizar-se-iam em breve. Nesta ocasião ele rezou a primeira missa nesta igreja, Missa Vespertina.
De 20 a 25/08/1960 houve as santas missões pregadas pelo Rvmo. Pe. Artur Birk C.S.S.R.
Outro Padre que presidiu Missas foi o Pe. Francisco, entre outros.
Em 1975 surgiram os primeiros ministros da Comunidade: Tito Marthendal e Plázio Petry.
As atividades do di-a-dia das famílias eram: lavouras, utilizando enxadas, machados, foices. Viviam daquilo que produziam. A conservação dos alimentos, especificamente da carne era feita como charque, seca ao sol.
Todas as casas eram de madeira, cobertas de tábua rachada ou telha chata.
Os transportes eram carros-de-boi, carroças. As estradas eram de chão batido e o comércio dos produtos era feito através de carroça.
Era feita uma festa do padroeiro por ano, sendo os festeiros os responsáveis.
Antigamente as famílias eram maiores, hoje são pequenas, com menos filhos. O trabalho era manual, hoje foi mecanizado.
Poucos jovens da Comunidade foram ao Seminário e nenhum tornou-se Padre. Quatro moças foram ao convento.
Antigamente também existiam movimentos religiosos, hoje não existem.
Havia um cemitério, cujo terreno foi doado como o da Igreja. Os primeiros sepultamentos foram de Manoel Tomás e Dinha Bela.
Para colaborar com o lazer da Comunidade a igreja sede o Salão para os jovens, Clube de Idosos, Clube de Mães, além do Campo de Futebol.
18/11/1960 – Nesta data houve a visita pastoral do estimado Bispo, Sua Excia. D. Gregório Warmeling. Foi ministrado o sacramento da Crisma a 38 crianças. D. Gregório fez quatro conferências especiais: uma para as crianças, a segunda às senhoras e donzelas, outra, a terceira, aos homens e moços e a quarta aos fabriqueiros e as diretorias das associações. Na missa de Sua Excia. D. Gregório houve 338 santas comunhões.
Dia do Santo Padroeiro
11 de novembro
Endereço
São Martinho
Aurora/SC
CEP 89.186-000