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Comunidades

Comunidade Nossa Senhora de Fátima

Na década de 1910 chegou na localidade a família de Alberto Strey, que vieram de Blumenau e se estabeleceram na margem direita do rio, na divisa com o município de Rio do Sul. No local, hoje, reside o Sr. Adolfo Schelesser.

O irmão do Sr. Alberto, Guilherme Strey, comprou um lote de terra na margem esquerda do rio, mais acima, onde hoje reside o Sr. Valdemar Cunha. O filho de Alberto, Carlos Strey, adquiriu um lote mais acima do Ribeirão Strey, onde hoje reside Ari Schütz.

A família Strey foi a pioneira da colonização da localidade, sendo responsável pelo nome atual: Ribeirão Strey.

Aos poucos foram chegando outros moradores e abrindo picadas na direção dos Ribeirões Strey e Elias.

As famílias de que se tem conhecimento como pioneiras da comunidade são: Alberto Strey, Guilherme Strey, Carlos Strey, João Barcelos, Felix Fracis, João Batista, Leopoldo Nehring, Alfredo Erner, Francisco Elias, Artur Nehring, Fredolino Mariano, Rodolfo Zibel, Evaldo Mariano, Oto Zibel, Adolfo Bechtold, Manoel Laurete, Walter Colascoveque, Serafim Dias, Rogerio da Rocha, Arquimedes Nazari.

A primeira escola a ser fundada foi em Fundos Strey por volta de 1940, construída pelos próprios moradores.

Mais tarde surgiu a necessidade de construir outra escola, mais abaixo. Foi, então, construída em Barra Strey, também pelos moradores.

Os católicos da comunidade frequentavam a Comunidade Nossa Senhora das Dores, em Aurora. Outros frequentavam a Igreja em Alto Mosquito, município de Agronômica. Outros ainda iam à Catedral São João Batista, em Rio do Sul, onde eram realizados os casamentos, batizados, confissões e missas.

As dificuldades eram grandes, pois não havia ponte para atravessar o rio, e era utilizada uma canoa. Mais tarde surgiu uma balsa, mas mesmo assim era difícil frequentar a igreja. Foi então que um grupo de católicos começou a utilizar a escola de Barra Strey para rezar o terço. Essa escola se situava, mais ou menos, no centro da comunidade.

Nesta escola foi colocado um quadro com a estampa de Santa Catarina, doada pelo Sr. Rogerio da Rocha. A filha do Sr. Rogério, Iolanda da Rocha, era quem puxava o terço. Mais tarde, o Pe. Francisco tomou conhecimento das reuniões destas pessoas e começou a rezar missas, de tempo em tempo. Aconteceu também a catequese das crianças. A Primeira Comunhão dessas crianças aconteceu na escola.

Então, um grupo de católics decidiu que era preciso construir uma capela. Tudo começou com a doação do terreno pelo Sr, Podalirio da Rocha. O terreno ficava em frente a escola.  Todo o material para a construção foram doados. Os colaboradores de que se tem conhecimento são: Rogerio da Rocha, Alair Duarte, Antonio Ferreira, Paulo Grah, Alfredo Stefen, Manoel Mariano, Heitor da Conceição, Hercílio Bechtold, Edmundo Nahring, João Ribeiro, José Elias, Ernesto Taiss, Bevenute Sandri, Adilho Ramos, Evaldo Nazari, Leopoldo Nahring, Dorico Filipi, Natal Nazari, Antonio Duarte, Orlando Lino, Antonio Nazari, Leonardo Longen, Alberto Buss, Amandio Longen.

Os carpinteiros foram José Laurete e Ricardo Wehmutt. A capela era toda de madeira. Era pequena, mas muito aconchegante. Foi inaugurada no ano de 1960. Não é muito certa a data, mas a comunidade ficou muito feliz por ter um lugar para suas orações.

Junto com a inauguração houve a doação da imagem de Nossa Senhora de Fátima pela devota Sra. Deolinda Duarte. Ela mandou vir a imagem de São Paulo por um viajante, que sempre trazia produtos para ela vender em sua venda. Essa imagem foi colocada na capela, sendo que Nossa Senhora de Fátima se tornou a padroeira. A imagem permanece na capela até hoje.

O Pe. Pedro Heisel presidiu a primeira Missa. Algumas vezes o Pe. Francisco Späth e o Pe. Victor também presidiam missas.

Quando não havia missa, era rezado o terço, mas não todos os domingos.

Em 1963, Orivaldo Wernke foi residir com sua família em Ribeirão Strey e começaram a participar da comunidade. Ele achou por bem realizar o terço todos os domingos.

Em 1969 foi fundada a Diocese de Rio do Sul, sendo o primeiro bispo D. Tito, que organizou livros para celebrações de Culto Dominical. Outras pessoas começaram a fazer parte da comunidade, sendo formadas equipes para os cultos.

Os cultos dominicais poderiam ter a Santa Comunhão, mas, para isso, era necessário um Ministro da Comunhão. Foi aí que a comunidade escolheu o Sr. Orivaldo Wernke e o Sr. Alcides Nazari, que fizeram o Curso para Ministros da Eucaristia, sendo que permaneceram durante mais de 30 anos, sendo bem aceitos por toda a comunidade.

A comunidade vivia basicamente da agricultura. Plantavam tudo o podiam para o sustento, criavam animais, como porcos e vendiam leite. Havia plantações de aipim, fumo de corda. Cortavam lenha para vender. Isso para comprar o que faltava em suas casas. As compras eram feitas em Aurora ou Rio do Sul.

As casas eram de madeira e viviam na simplicidade.

Os meios de transporte eram: canoa, balsa, carroça, carro-de-boi. As estradas eram precarias. Mais tarde foram construídas pontes e as estradas melhraram. Surgiram, então, os carros.

Nas festas da padroeira eram feitas nove novenas, onde se rezava o terço. Depois se faziam leilões de bolos preparados pelas mulheres. Elas faziam os bolos em casa e levavam para leiloar após a novena.

No final de semana que antecedia a festa, todos doavam prendas, principalmente galinhas. A mulheres se reuniam na casa de uma pessoa e preparavam as galinhas e todo o alimento para o almoço da festa. Os homens faziam barracas para vender os almoços, pois não havia um salão. Mesmo assim todos eram muito felizes por estar juntos e conseguir fundos para melhorias das estruturas. Mais tarde se pensou na construção de um espaço para fazer as promoções, e todos colaboraram novamente, sendo construído um pequeno salão em frente a capela. Neste salão foram feitas promoções por muitos anos.

Surgiu a necessidade de ter um cemitério, pois quando alguém falecia era necessário realizar o sepultamento fora da comunidade. O primeiro a ser sepultado no cemitério da comunidade foi  Sr. Antonio da Silva.

Junto com o cemitério foi adquirido um terreno maior para a construção de uma nova capela e um salão. Esta capela foi inaugurada em 1980, sendo inaugurado o novo salão em 1989. Os materiais foram conseguidos através de promoções e muitas coisas, como madeiras, foram doações da comunidade. Para a mão-de-obra, apenas o pedreiro foi contratado. Todos da comunidade ajudavam na construção, que era feita em mutirão.

Depois foram feitas reformas, onde todos se empenhavam.

A comunidade tem mais de 50 anos. Mais de 100 famílias residem na comunidade. O estilo de vida mudou muito, mas sempre que a comunidade é convocada a participar, há uma boa resposta.

Muitos filhos e netos das famílias que formaram a comunidade permanecem no local, e muitos que se mudaram e visitam a comunidade acham que ela evoluiu e cresceu.

A comunidade pode ser considerada unida, mas sempre pode haver mais participação. Há sempre a tentavia de chamar mais fiéis, mas sabe-se que não é fácil. Acredita-se que, com muita fé e união, os objetivos serão alcançados.

Alguns jovens da comunidade estudaram no seminário. Foram eles, na Congregaão Franciscana: Zumar Wernke (16 anos), Elcio Wernke (7 anos), Erio Wernke (1 ano), Charles Wernke (3 meses). No seminário diocesano estudou André Bechtold, durante 1 ano.

As moças que foram para o convento, na Congregação Maria Auxiliadora são: Delurdes Nazari (10 anos), Dilva Nazari (6 anos), Inês da Silva (3 anos), Helena da Silva (8 anos), Elzir da Silva. Arlete Sandri estudou no convento e seguiu a vida religiosa.

Todos os jovens que não seguiram a vida religiosa, hoje são pessoas de fé, sendo válido o tempo que permaneceram no seminário ou convento.

 

Dia do Santo Padroeiro

13 de maio

 

Endereço

Ribeirão Strey

Aurora/SC

CEP 89.186-000

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