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Os primeiros moradores de nossa comunidade vieram de Capivari (Tubarão). Enfrentando várias dificuldades, inclusive a travessia de rios a nado, em cima de paus, na improvisação de canoas. Levaram 32 dias de viagem e aqui chegaram em 1925. Nessa jornada vieram as famílias de Augusto Dirksen, Humberto Warmling, João Esser, Adão Stüpp, Bernardo Beckauser, José Andrioli, Hugo Klaumann, Augusto Stüpp, Henrique Orderdenge, José Alberton, Caetano Zancanaro.
Como eram pessoas de fé, sentiam a necessidade de se reunirem para as orações, e, até a construção da igreja em 1926, as missas eram rezadas na casa de Augusto e Ana Dirksen. A primeira missa foi rezada por Schoelem, um padre ambulante que por aqui passou. O pessoal das Cobras Sul vinham aqui para rezar. Em 1945 iniciaram a construção da igreja atual, que foi inaugurada em 1950, com muito empenho e sacrifício, já que tiveram que plainar o chão com enxadões. O material foi todo doado pelos que aqui moravam e o terreno foi doado por Augusto Dirksen.
Os primeiros que tomaram a frente das principais celebrações também foram os primeiros a dirigir a comunidade.
Essa localidade recebeu como primeiro nome Alto Rio do Sul. Seus primeiros moradores escolheram Santa Tereza como padroeira, e lhe deram esse nome quando Aurora tornou-se município. A santa foi doada por Humberto e Tereza Stüpp Warmling.
Os primeiros padres a presidir missas aqui foram os padres Paulo Heisel, Francisco Speet. Depois veio o Padre Pedro Heisel, Padre João Gruber.
Os primeiros ministros surgiram da necessidade de presidir cultos. O primeiro ministro da nossa comunidade foi Daniel Feldhaus. O primeiro catequista foi Antônio de Souza Pereira.
Trabalhavam basicamente na agricultura, plantando o que consumiam, poucos alimentos eram comprados. Algumas famílias, além da agricultura, desenvolviam outras atividades, como criação de porcos, olaria, tafonas, engenhos, que complementavam a renda. Conservavam os alimentos, como a carne, secas as sol, ou na banha.
As casas, na sua maioria, eram de tábuas. Poucas eram de alvenaria. A mais antiga delas data de 1927, e pertencia a José Hesser.
Dos meios de transporte, os mais usados eram os cavalos, as carroças, as aranhas, o carro de boi; o primeiro automóvel pertencia a José Thiesen.
As festas da comunidade eram sempre oportunidades de encontros. A padroeira era venerada, e as festas eram organizadas com a participação de todos. Muitas vezes, de Ascurra vinha uma bandinha para animar os festejos.
A comunidade no início era calma, com famílias devotas, que cultuavam o hábito de frequentar a igreja com seus familiares. Nossa comunidade era basicamente católica. Algumas famílias chegaram a ter filhos que foram para o seminário ou convento, mas nenhum deles seguiu a vida religiosa.
Desde o início, a comunidade tinha as chamadas vendinhas, casas de pouso onde se abrigavam os tropeiros e peregrinos.
A primeira pessoa a nascer na comunidade foi José Warmling, sendo que este também foi o primeiro aqui a se casar.
O antigo cemitério ficava atrás da igreja, mas por viver alagado foi tranferido para um lugar mais alto.
No início eram poucas propriedades, geralmente com base na agricultura. Hoje nossa comunidade está diferente. Novas construções, além de empresas tornam nossa comunidade bem diferente de 10 anos atrás.
Atualmente temos grupo de catequese, grupos de reflexão, Irmandade de Senhoras Auxiliadoras.
O salão antigo, de madeira, que foi destruído por um incêndio, possuia um botequim, onde, após as celebrações, os homens se reuniam. O salão atual possui um bar, mas só funciona quando acontecem as festas da igreja. As construções mais recentes fazem um sistema sanitário com fossa antiséptica, mas as construções mais antigas possuem um precário sistema sanitário.
No início a igreja proporcionava como lazer as festas, as novenas. As missões em 1988, com os Capuchinhos e os missionários Redentoristas, são um dos fatos que marcaram e muito a história dessa comunidade. Outro fato marcante foi a saída das irmãs catequistas franciscanas, o que deixou nossa comunidade desprovida de referência religiosa, principalmente na figura da Irmã Ana Galvan (nome da atual escola), sendo que, segundo alguns, pessoas chegaram a alcançar graças invocando sua ajuda. As irmãs eram pessoas notórias em nossa comunidade, prestando serviços de inegável valor. Foram elas também que muito batalharam para a implantação de estudos até a conclusão do ensino fundamental.
Outro fato que muito nos marcou foi o incêndio do salão, onde houve a mobilização da comunidade para a reconstrução, com trabalho voluntário, onde, além de doações, foi muito importante a cooperação das famílias que se dispuseram a trabalhar em prol de um bem comum.
Percebemos, através desse breve histórico, o quanto são importantes os registros deixados por aqueles que vieram antes de nós. Suas ações, seus trabalhos, seus costumes é que deram as povo dessa comunidade a identidade que temos.
Dia do Santo Padroeiro
15 de outubro
Endereço
Santa Tereza
Aurora/SC
CEP 89.186-000