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O Amor que se torna fecundo

No mês anterior falamos sobre a importância do Sacramento do Matrimônio para a família, e citamos o momento do diálogo com os noivos, em que eles dão seu “sim” perante Deus e a Igreja, assumindo o compromisso da fidelidade, indissolubilidade e fecundidade. E é sobre a fecundidade que iremos tratar no artigo deste mês.

 

“Deus os abençoou: Frutificai – disse Ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”. (Gn 1,28a)

 

Como falamos no último mês, os noivos respondem à seguinte pergunta durante a celebração do Matrimônio: “Estão dispostos a acolher e educar os filhos na Lei de Cristo e da Igreja?” E os noivos, assumindo o compromisso, dizem SIM.

Este “sim” significa que os noivos (nova família), estão conscientes e abertos à vontade de Deus no que diz respeito à geração da vida, ou seja, creem firmemente em Deus, em Sua providência e em Sua vontade e não se utilizarão de nenhum método para evitar que Deus os envie estes filhos, salvo casos graves específicos.

E aceitar os filhos que Deus os enviar não significa que terão uma família numerosa, muito pelo contrário, pode acontecer de nem terem filhos biológicos, portanto, esta aceitação também diz respeito à forma como Ele enviará ou também que Ele não enviará.

Vimos aqui que a vontade de Deus para uma família pode ser muito maior e diferente do que imaginamos; os planos de Deus sempre são perfeitos, Deus não erra; quem erra somos nós, seres humanos, que queremos ser como Deus.

Na exortação apostólica Amoris Laetitia n°165 vimos: “O amor sempre dá vida. Por isso, o amor conjugal não se esgota no interior do próprio casal. Os cônjuges, enquanto se doam entre si, doam para além de si mesmos a realidade do filho, reflexo vivo do seu amor, sinal permanente da unidade conjugal e síntese viva e indissociável do ser pai e mãe”.

Gerar ou acolher uma vida é o resultado do amor que transborda entre o casal, em que estes se doam inteiramente na formação e educação desta nova vida. Assumindo assim a missão de servir, saindo de si mesmos, deixando de lado seu individualismo para colaborar com Deus na lapidação desta pedra preciosa, que é a alma de uma criança. A maternidade e paternidade é uma via de santificação, porque nos torna pessoas melhores e, como cocriadores com Deus, nos aproximamos mais dEle.

Nestes tempos, percebemos que a infertilidade está cada vez maior em nosso meio, mas nem por isso o casal precisa deixar de sonhar com seus belos filhos. A adoção é outro meio para que uma família cresça; é uma forma de Deus enviar os filhos, dando este dom para muitos casais. “A adoção é um caminho para realizar a maternidade e a paternidade de uma forma muito generosa, e desejo encorajar os que não podem ter filhos a alargar e abrir o seu amor conjugal para receber quem está privado de um ambiente familiar adequado. Nunca se arrependerão de ter sido generosos. Adotar é o ato de amor que oferece uma família a quem não tem” (AL179).

Os filhos são os mais belos frutos de uma família!

 

“Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas. Tais como as flechas nas mãos do guerreiro, assim são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que assim encheu sua aljava: não será confundido quando defender a sua causa contra seus inimigos à porta da cidade.” (Salmo 126, 3-5)

 

Concluindo, te convido a pensar: como está a sua consciência em relação à geração e acolhimento da vida?

Que Deus, na Sua infinita misericórdia, nos abençoe e nos mantenha fiéis ao seu propósito em nossa vida. Amém!

 

DIÁCONO LEONARDO E PRISCILA KLETTENBERG

Paróquia Cristo Rei – Taió/SC

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