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Jubileu de Diamante de Dom Augustinho Petry

HISTÓRICO DOM AUGUSTINHO PETRY

Dom Augustinho Petry nasceu na cidade de São Pedro de Alcântara, que fica na Grande Florianópolis, no dia 29 de agosto de 1938. É o quarto filho de dez irmãos. Seus pais e dois de seus irmãos já são falecidos.

No ano de 1952, com apenas 13 anos de idade, ingressou no pré-seminário da cidade de São Ludgero. Continuou seus estudos no seminário de Azambuja em Brusque. Mais tarde cursou Teologia e Filosofia em Viamão no Rio Grande do Sul.

Recebeu sua ordenação sacerdotal no dia 04 de julho de 1965 na Igreja de Nossa Senhora de Fátima e de Santa Terezinha no Estreito em Florianópolis, escolheu como lema “Tu és Sacerdote para sempre”. Trabalhou como vigário paroquial em Penha e Camboriú logo após sua ordenação. Voltando depois para a Igreja de Fátima, como vigário paroquial. Nessa, depois tornou-se pároco, onde ficou por 12 anos. Depois foi transferido como pároco para o bairro Jardim Atlântico, ficando por 13 anos na paróquia de São José e Santa Rita de Cássia. Como Pároco do Santuário de Fátima construiu a Paróquia de Santo Antônio e Santa Maria Gorete no Bairro Coloninha e fez um grande avanço na construção na construção da Igreja Nossa Senhora da Glória do Balneário do Estreito. Também durante sua permanência na Arquidiocese de Florianópolis, trabalhou como Dirigente Espiritual das Equipes de Nossa Senhora, Cursilho de Cristandade, Movimento de Irmãos, Serra Clube e Movimento Familiar Cristão.

Em março de 1972. Iniciou suas atividades de Capelão Naval na Marinha do Brasil. Sendo Capelão da Escola de Aprendizes de Marinheiros de Santa Catarina, com sede em Florianópolis. Foi Capelão do 5º Distrito Naval na cidade do Rio Grande – RS, Capelão da Esquadra, na Ilha de Mocanguê, Niterói (RJ) e por último, capelão do 1º Distrito Naval no Rio de Janeiro, quando deixou o serviço ativo da Marinha.

Transferido para o 5º Distrito Naval na cidade do Rio Grande – RS, trabalhou na Paróquia de São Judas Tadeu no Bairro Getúlio Vargas. Bairro de extrema pobreza, onde Dom Augustinho foi bastante provado nessa nova realidade. Em 03 anos de muito trabalho e dedicação, implantou o ECC – Encontro de Casais em Cristo; o Movimento das Capelinhas da Mãe Peregrina e as missas que de princípio não tinha quase nenhuma participação, começaram a ficar lotadas de povo, ao ponto de celebrar missas em mais horários no final de semana. No 1º Distrito Naval no Rio de Janeiro, além de Capelão, trabalhou no Hospital do Servidores, além de ajudar numa paróquia próxima, ainda atendia aos domingos o Santuário da Mãe Peregrina. De princípio morava na Casa do Padre em Rio Comprido, depois foi residir no hospital dos Servidores junto aos médicos residentes. Em 1998 e 1999 fez o Curso de Direito Canônico no Rio de Janeiro, onde também atuou como capelão do Hospital dos Servidores do Rio. No ano de 2000 foi nomeado moderador da cúria militar em Brasília e defensor do vínculo do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Brasília. Foi eleito bispo em 27 de dezembro de 2000, recebeu a ordenação episcopal no dia 18 de março de 2001, das mãos de Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila, sendo concelebrante o Cardeal Dom Eusébio Oscar Scheid e Dom Vito Schlickmann. Escolheu como seu lema episcopal “Paz na Terra!” Nesta mesma data, foi nomeado Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil e Titular de Gabi. Dom Augustinho foi ordenado bispo no Santuário de São João Bosco em Brasília (DF), contando com um número enorme de amigos e familiares provindos de Florianópolis (SC) e de outros estados. Morou por 08 anos em Brasília, onde além de trabalhar na Cúria Militar com sede na Ministério da Defesa, viajava por todo Brasil para visitar as Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) e Forças Auxiliares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros) trabalhava também no Tribunal Eclesiástico de Brasília; se dedicava ao Santuário da Mãe Peregrina de Schoenstatt, sendo seu responsável. No Condomínio que morava, assumiu uma pequena Capela lá existente, tornando-a posteriormente Paróquia. Ainda em Brasília, acompanhou a Arcebispo Militar em seu leito de dor, por um bom período. Foi muito elogiado no dia da morte de Dom Ávila, inclusive pelo Núncio Apostólico, tanto por sua dedicação e trabalho, como pelo belíssimo funeral que preparou. Durante um bom período, ele celebrava no Santuário da Mãe peregrina às 16 horas e em seguida, se deslocava para o Plano Piloto, até a residência de Dom Geraldo Ávila, onde celebrava a missa dominical para o mesmo, pois já não tinha mais condições de fazer. Após a morte de Dom Ávila (14 de novembro de 2005), Dom Augustinho foi nomeado Administrador

Apostólico do Ordinariado Militar, até a posse novo Arcebispo Militar (agosto de 2006).

Em 14 de novembro de 2007, onde foi nomeado pelo Papa Bento XVI Bispo Coadjutor da Diocese de Rio do Sul e no dia 19 de março de 2008 assumiu como seu Bispo Titular. Durante a 49ª Assembleia dos Bispos do Brasil em Aparecida do Norte, no dia 10 de maio de 2011, foi eleito secretário do Regional Sul-4 da CNBB.  No dia 29 de agosto de 2013 solicitou junto ao Vaticano sua renúncia ao completar 75 anos. A mesma foi aceita no dia 17 de dezembro de 2014 aonde assumiu como Administrador Apostólico até o dia 15 de março de 2015.

 

DEPOIMENTOS SOBRE DOM AUGUSTINHO PETRY

 

Lembranças

Eu tinha apenas seis anos. Lembro que todas as noites a família se reunia na sala da nossa casa simples, no interior de São Pedro de Alcântara. Meus pais, Adelaide e Domingos, e seus dez filhos permaneciam ajoelhados durante a oração do terço. Quando a prece terminava, mamãe pegava a lâmpada de querosene e a levava para a cozinha. Nós a seguíamos correndo, ansiosos pelo momento em que ela nos chamaria para o jantar. Mas havia algo que, mesmo com minha pouca idade, me intrigava: enquanto corríamos pela casa, meu irmão Augustinho, de 12 anos, permanecia ajoelhado, sozinho, na sala escura. Só saía de lá quando nossa mãe o chamava.

Algum tempo depois, enquanto eu ajudava mamãe na roça, criei coragem para perguntar por que Augustinho ficava rezando sozinho depois do terço. Ela então me contou: - Quando o teu irmão era pequeno, disse que queria ser padre. Fiquei muito feliz e pedi que ele falasse com o teu pai. Mas ele ficou muito triste, porque, ao contar, teu pai permaneceu em silêncio e não respondeu nada. Então aconselhei que ele rezasse muito. Disse a ele: “Se for da vontade de Deus, teu pai permitirá.” Desde então, ele se propôs seguir rezando todos os dias, após o terço. Um ano se passou, e um dia ele me disse: — Mãe, estou rezando há um ano e o pai ainda não me respondeu. Então sugeri que ele conversasse com o pai mais uma vez. E ele o fez. A resposta foi curta: — Tu ainda és muito pequeno. Isso vai passar. Ao ouvir isso, resolvi eu mesma conversar com o pai de vocês. Expliquei o quanto é importante que uma pessoa siga sua vocação, e como é essencial receber a bênção e o apoio dos pais para isso. Ele ouviu, e assim foi feito.

Esse foi o início da vida religiosa de Dom Augustinho Petry — filho, irmão, profissional, tio e amigo. Um homem que segue temente a Deus, rezando e confiando, como já fazia, ajoelhado sobre as tábuas frias da nossa velha casa, há quase 75 anos.

Angelina Petry da Rosa (Irmã de Dom Augustinho – Florianópolis/SC)

 

Jardim Atlântico

É com alegria que venho relatar fatos importantes, nesta data memorável da vida e missão de Dom Augustinho na nossa comunidade, Paróquia São José e Santa Rita de Cássia no Jardim Atlântico em Florianópolis. Foi fundador da mesma, e tão logo de uma Capela de madeira, construiu a Igreja Matriz que temos hoje, e que tanto nos orgulhamos. Também conseguiu implantar em nossos corações a devoção aos nossos Padroeiros e um carinho todo especial a nossa Mãezinha querida. O zelo pelas coisas de Deus foi marcante! Em todas as pastorais se fazia presente; em especial na catequese e na liturgia. A catequese era a menina dos olhos dele. Acompanhava em tudo com muito cuidado; acolhendo, orientando, apoiando e incentivando a todos: pais, filhos e catequistas a caminharem juntos. Foi um verdadeiro pai na nossa comunidade.

Tínhamos catequese desde o primeiro ano da Primeira Eucaristia, depois Crisma e todas após tinham suas devidas perseveranças com o Movimento EDA e Remar. Também tínhamos catequese para os pais que tinham filhos na catequese todas as segundas feiras a noite, cujo catequista era o nosso pároco. E dessa catequese, os pais começaram a assumir a animação dos cânticos das Santas Missas de Primeira Eucaristia e Crisma. Pedia que nós catequistas visitássemos as famílias e os colégios mais próximos, convidando e motivando para a catequese. Era um trabalho de formiguinhas, mas que sempre dava ótimos resultados. O cuidado com a liturgia e catequese era visível! Escolhia a dedo seus ministros, catequistas, coroinhas e auxiliares, e depois de tudo preparado, com muita dedicação e zelo, se colocava próximo a porta de entrada da Igreja, em sinal de acolhida, sempre com um Terço em uma das mãos rezando. A Santa Missa, sempre tinha um clima familiar. Todos saíamos alegres da Santa Missa cientes da nossa missão! 

O Movimento de Irmãos, forte e atuante, caminhava com ele ajudando nos eventos da paróquia. Os Cursilhistas também presentes na comunidade, ajudavam nos encontros e formações da mesma. Formávamos uma família. Enfim, nosso querido Pároco (Pe. Augustinho) hoje Dom Augustinho, tinha muito discernimento e clareza em tudo o que fazia! Passava segurança a todos pela FÉ!  Parabéns Dom Augustinho, sempre lembramos do senhor com muito amor e gratidão! Deus o abençoe e proteja sempre!

Neuza Terezinha Mello da Silva – (Paroquia São José e Santa Rita de Cássia – Jardim Atlântico – Florianópolis/SC)

 

“Um verdadeiro pai espiritual”

Falar de Dom Augustinho é como abrir um capítulo precioso da nossa história com Deus. Nosso primeiro encontro com ele aconteceu quando ainda éramos um jovem casal, tentando compreender nosso lugar na Igreja. E foi justamente em uma de suas primeiras missas em nossa diocese de Rio do Sul que sentimos algo diferente: o calor de um coração que sabia acolher, ouvir, amar. Ele nos enxergou. Mais do que isso — ele nos reconheceu. Como quem percebe a alma precisando de cuidado e direção, ele estendeu a mão e nos acolheu com a ternura de um verdadeiro pai espiritual.

Desde aquele momento, Dom Augustinho se tornou parte da nossa vida, da nossa família, da nossa caminhada de fé. Com palavras sempre serenas, mas cheias de força e verdade, ele nos incentivou a participar dos encontros de casais, e mais tarde, nos confiou a missão de ajudar outros casais também. Nos guiou por retiros silenciosos, nos fez “Subir a montanha”, momentos de recolhimento e graça que marcaram nossa alma para sempre. Pequenos gestos, encontros simples, mas com um peso espiritual que não se mede — se sente, se vive.

Ao longo dos anos, fomos construindo uma linda relação com Dom Augustinho. E, com ele, aprendemos a amar ainda mais a nossa Igreja, a estar à disposição da comunidade, a ouvir o chamado de Deus nas coisas do dia a dia. Desde aquele primeiro encontro, nunca deixamos de nos encontrar ao menos uma vez por mês — fosse para um exercício espiritual, para pensar juntos algum retiro, ou apenas para estar com alguém que, claramente, foi escolhido por Deus para pastorear.

É impossível falar dele sem sentir emoção, quando se trata de seu amor por nossa igreja. Dom Augustinho ama a Igreja com um fervor que contagia, que desperta, que transforma. Em cada gesto, em cada palavra — até nas brincadeiras carinhosas, como quando nos pergunta com aquele sorriso sincero: “Essa ideia é inspirada ou não?” — vemos um coração totalmente entregue à missão, e consequentemente a fecundidade, deste amor.

Dom Augustinho, o senhor é um presente raro. Um farol em meio às tempestades, um sinal visível do amor de Deus por nós. Um pastor que caminha junto, que cuida, que ensina — não só com palavras, mas com o exemplo. Obrigado por estar ao nosso lado. Obrigado por ser esse verdadeiro pai espiritual. Com todo nosso carinho, respeito e gratidão,
Eduardo e Janaina Molinari (Rio do Sul/SC) “PAZ NA TERRA”

 

Rio Grande – RS

Falar de Dom Augustinho é uma grande reponsabilidade. A Paróquia São Judas Tadeu tem dois momentos: uma antes de sua chegada e outra depois. Foi 3 anos de grande aprendizado. Começando pela Catequese e Liturgia, nos ensinando e organizando tudo. Como ele via só mulheres colaborando na Paróquia, ele foi a Porto Alegre e conseguiu trazer o Encontro de Casais em Cristo “ECC”. Tínhamos uma escola praticamente demolida que pertencia a nossa Paróquia e que estava alugada para o estado. Ele conseguiu resgatar o prédio e fez uma verdadeira transformação, criando o nosso Centro de Evangelização, que temos até hoje com maior orgulho. E uma outra grande inciativa que ele trouxe para nós, talvez foi a maior semente plantada, não só na nossa Paróquia, mas em âmbito de Diocese, foi o Movimento da Mãe Peregrina de Schoenstatt.  Foi o Dom Augustinho que deu esse grande impulso nesse trabalho de Evangelização na Diocese do Rio Grande, que hoje é uma grande realidade e o maior trabalho aqui realizado. Não é para menos que o encontrávamos no pátio da Igreja ele andando pra cá e pra lá rezando o terço. Pra mim, Dom Augustinho é um sacerdote que só deixa exemplos de amor a Igreja, de trabalho, de dedicação, de sabedoria, de simplicidade e de humildade. Um verdadeiro pai espiritual que deixou marcas profundas na Diocese do Rio Grande e acredito fielmente, por esse Brasil afora. Gratidão é o que resume tudo que gostaria de falar!

Vera Lúcia Antunes (Paróquia São Judas Tadeu – Diocese do Rio Grande/RS)

 

Dom Augustinho Petry em Brasília como Morador

A dedicação e zelo pastoral de Dom Augustinho é uma inspiração que transcende o tempo e as circunstâncias. Mesmo atuando como Bispo Militar em Brasília, ele demonstrou um compromisso profundo com a comunidade e a Igreja, especialmente durante seu período de residência no condomínio Entre Lagos. Sua presença ali não se limitava às funções oficiais; ele se dedicou de corpo e alma à consolidação e construção da antiga Capela e Nossa Senhora Auxiliadora, que hoje é uma paróquia consolidada em Brasília. Seu esforço não se restringia às tarefas administrativas ou litúrgicas. Dom Augustinho encontrava tempo na sua agenda para celebrar missas no Santuário da Mãe Peregrina, demonstrando seu amor e devoção à Nossa Senhora, e fortalecendo a fé dos fiéis. Além disso, sua generosidade se estendia às horas finais do domingo, quando, mesmo cansado, celebrava junto ao leito do Dom Ávila, até sua subida para o Pai. Essa atitude revelava um homem de fé, que priorizava o cuidado pastoral e o apoio espiritual, independentemente das dificuldades ou do cansaço. A dedicação de Dom Augustinho é um exemplo de como o verdadeiro líder religioso deve atuar com amor, empenho e entrega. Sua vida mostra que, mesmo em meio às responsabilidades mais complexas, é possível dedicar tempo e atenção às necessidades da comunidade, fortalecendo os laços de fé e esperança. Sua trajetória é uma inspiração para todos que acreditam na força do compromisso cristão e na importância de servir ao próximo com humildade e dedicação.

Paz e bem!

Luiz Laudenir e Ana Rosa Jorge OFS (Seus amigos e irmãos em Cristo Nosso Senhor).

 

Dom Augustinho Petry como Militar

Estamos no Ano Jubilar dos 2025 anos do nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo; “Peregrinos da Esperança”; o que nosso Dom Petry sempre pautou seu Ministério, nestes seus 60 anos de Sacerdote, (4 julho 1965 – 04 julho 2025).

Como Sacerdote, com 32 anos como Capelão Militar do Exército Brasileiro; posso afirmar da brilhante carreira do até então Capitão-de-Fragata, Capelão Naval iniciado aos 27 de janeiro de 1984, até ser nomeado Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil, aos 27 de dezembro 2000; outro Ano Jubilar!

Em sua caminhada junto à Família Naval do Brasil, deixou elevado conceito de dedicação, seriedade pastoral e fraterna presença sempre humilde. Por onde passou deixou um legado rico em frutos pastorais e amizades perenes.

Conheci Dom Petry e seu pastoreio em Brasília, oriundo do 5º Distrito Naval (Rio Grande – RS) em fraterno encontro com grande amigo, padre Otomar Vier (in memoriam) no período de 1997-2001. Dom Petry, zeloso em suas missões, alegre, reservado, observador, acolhedor e de reconhecida humildade chega ao Episcopado... (me lembro aqui de sua humildade ao dedicar seu tempo na que chamava de “minha Catedral”, uma humilde Capela no condomínio onde morava em Brasília (Paranoá). Ao lado de Dom Ávila, Arcebispo Militar de saudosa memória; foi Dom Petry um esteio em momentos desafiadores no Ordinariado Militar do Brasil; sem esquecer da sua dedicação a Dom Geraldo Ávila, na doença até a sua consumação aos 14 novembro 2005.

Dom Augustinho Petry, é gente nossa!

Pe. Reni Nogueira dos Santos (Capelão do Exército - São Paulo/SP)

 

Amigo de longas datas

Conheço Dom Augustinho há 56 anos, tenho a alegria de ser seu amigo e com ele partilhei algumas das muitas lutas que travou. Sei que ressoaram em seu coração as palavras do Senhor: “Filho, se te dedicares a me servir, prepara-te para a prova. Tudo o que te acontecer, aceita-o. Confia em mim e Eu te ajudarei” (cf. Eclo 2,1.4a.6a).

Para mim, sua estatura revela a grandeza de seu coração. Vi sua entrega a Deus e aos irmãos. Conselheiro espiritual das Equipes de Nossa Senhora, diretor espiritual do Movimento de Irmãos e do Cursilho de Cristandade, pároco e condutor da construção de três igrejas paroquiais, foi também Capelão da Marinha, Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil e agora é Bispo Emérito de Rio do Sul.

No sofrimento, purificou-se, na doação da vida, realizou-se! Conselheiro acolhedor e sereno, simples e profundo, ajudou a erguer vidas e semeou o amor de Deus. Filho de pais pobres e trabalhadores, imitou-os no pouco e não se arrependeu de ter cultivado bem a vinha que o Mestre colocou sob seus cuidados.

Amigo de Jesus, com Ele passa muitos momentos. O Bom Pastor ensinou-o a pastorear e a amá-lo, tornando-o irmão para os irmãos, ajudando-os a encontrar o Único de que todos nós precisamos.

Digo-lhe com o profeta Daniel: “Os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude brilharão, como as estrelas, por toda a eternidade” (Dn 12,3). No Jubileu de Diamante de sua ordenação sacerdotal, a joia mais preciosa é o amor!

Prof. Carlos Martendal (Balneário do Estreito  - Florianópolis/SC)