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A vida religiosa é uma resposta de amor. É o dom de si a Cristo — pobre, casto e obediente — vivido na Igreja e pela Igreja, para o bem de todos. É uma vocação que proclama, com a própria vida, que Deus basta; que Ele é digno de ser amado acima de todas as coisas, e que o mundo pode ser transformado pelo amor gratuito, especialmente entre os mais pobres.

Quero trazer a você, querido jovem, um recado muito especial das nossas queridas religiosas, pertencentes a diversas congregações femininas da Diocese de Rio do Sul. Nesta página, irmãs de diferentes carismas partilham conosco sua experiência do chamado divino e deixam uma bonita mensagem. Receba, como um carinho de Deus, o testemunho de mulheres que ouviram a voz do Senhor, disseram “sim” mesmo diante dos desafios, e hoje vivem com alegria a entrega total ao Reino.

Essas palavras não são apenas relatos. São sinais vivos da presença do Senhor no mundo. São testemunhos que nos recordam que a vocação não é perda, mas plenitude; não é apenas renúncia, mas sobretudo encontro — com o Amor que dá sentido a tudo. E Deus continua chamando. Talvez Ele esteja chamando você. Que, ao ler e rezar esta mensagem, seu coração se abra, se inflame e se ponha a caminho, com um “sim” alegre e generoso.

Vocação: um chamado para viver com alegria e amor. Queridas jovens, vivemos, em agosto, o Mês Vocacional, tempo que nos provoca a refletir: Qual caminho seguir? Qual é a minha vocação? Essas perguntas são importantes, pois é no dia a dia que Deus vai se revelando a nós. Sou Irmã Aline de Oliveira Leite, da Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora — mais conhecidas como Salesianas de Dom Bosco. Há 10 anos me consagrei à Vida Religiosa e descobri que ser salesiana é viver uma linda aventura no cotidiano, levando aos jovens alegria, fé e amor por meio da educação. Hoje, estamos presentes em mais de 150 países, levando o legado evangelizador de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Aqui em Rio do Sul, já iniciamos os preparativos para o Centenário, rezando e agradecendo a Deus pela ousadia das primeiras irmãs que, com coragem e determinação, chegaram até aqui para mostrar às jovens um modo diferente de seguir Jesus através da Vida Religiosa. Conheça as Irmãs Salesianas! (Irmã Aline de Oliveira Leite, fma)

“Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7). Com esta passagem do profeta Jeremias, desejo iniciar minha partilha vocacional. Sou Irmã Cleomar Salazar Pinto, natural do Maranhão, e pertenço à Congregação das Irmãs Franciscanas de São José. Desde pequena, a vida religiosa despertava minha atenção; eu me encantava com os trabalhos das irmãs na Pastoral da Criança, na animação da comunidade e nos encontros com os jovens. Sempre dizia à minha mãe: “Eu vou ser irmã”. Conheci algumas congregações religiosas, mas fiz minha opção pelas Irmãs Franciscanas de São José. Identifiquei-me profundamente com o carisma e a espiritualidade franciscana. Aos 15 anos, ingressei na Congregação e, há 36 anos, vivo com alegria a minha consagração religiosa. Sinto-me feliz e realizada na vocação que escolhi. Deus tem me conduzido com ternura, guiando-me sempre em direção ao Seu amor. Deixo aqui um convite a você, jovem, que sente o chamado de Deus: venha nos conhecer! Venha ser uma Irmã Franciscana de São José. (Irmã Cleomar Salazar Pinto, Irmãs Franciscanas de São José)

Vocação é pura graça! É Ele quem escolhe e chama, e nos dá a coragem de responder ao chamado. É Ele quem primeiro nos amou, e toda vocação nasce desse amor incondicional — amor que nos seduz, como disse o profeta Jeremias: “Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir!” É movida por esse amor que, cheia de alegria e entusiasmo, a vocacionada se enche de coragem para deixar tudo, entregar tudo, porque encontrou o Tesouro, a Pérola de grande valor — razão da nossa alegria. E o mais incrível da vida consagrada é que estamos sempre nesse caminho: o de quem encontrou o Tesouro, mas que, a cada dia, o busca ainda mais. Pois Ele é a única razão da nossa alegria, aquele que cedo nos desperta para estar com Ele: na escuta amorosa da sua Palavra, na adoração silenciosa de sua Presença viva e real na Eucaristia. E é dessa comunhão com Ele que somos impulsionadas a servir com alegria, na doação silenciosa do nosso serviço àqueles que nos cercam. Não importa onde servimos — desde as tarefas mais simples às mais complexas — tudo tem igual valor, pois tudo é graça. Todo o nosso ser e viver é por Ele, para Ele e com Ele. Como nos diz São Paulo: “NEle vivemos, existimos e somos.” Enfim, o que transborda a cada dia de nossa vida consagrada é gratidão — gratidão a Ele que nos amou, nos chamou e nos consagrou em seu infinito amor. Só este amor nos basta. Razão de nossa alegria. (Irmã Denise, Pequena Missionária de Maria Imaculada)

Sou Irmã Eugênia Jezewski, natural de Guarani das Missões/RS. Pertenço à Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família. Atualmente, exerço meu serviço missionário em Rio da Prata. O chamado, a vocação, é sempre algo muito pessoal — e a resposta também o é. A vocação é graça, pois é um chamado divino. Muito cedo senti esse chamado de Deus, por volta dos meus onze anos, pois gostava muito de rezar e de ir à Igreja. Não desisti, mesmo diante das dificuldades, até que meu pai disse: “Vai! ”. Esse foi o dia mais feliz da minha vida. A partir daí meu coração se deixou tocar pela chama ardente do amor de Deus por mim. Senti-me desafiada a viver com mais radicalidade a minha resposta e ingressei na vida religiosa. Sou feliz como mulher consagrada a Deus, a serviço do Seu Reino. Fui acolhida pelas irmãs da Congregação à qual pertenço. Nosso carisma é servir a Deus e aos irmãos com humildade e simplicidade. Atuamos em escolas, hospitais, creches, orfanatos, seminários, na pastoral e em asilos. (Irmã Eugênia Jezewski, Franciscana da Sagrada Família)

O Senhor me chamou para ser Irmã Catequista Franciscana. Uma adolescente como qualquer outra, o Senhor me chamou para uma grande missão. E você, adolescente, jovem: venha fazer parte da nossa família das Irmãs Catequistas Franciscanas! Senti o chamado do Senhor ainda na minha adolescência para viver nesta Congregação. Meus pais me apoiaram, pois conheciam as irmãs que viviam na comunidade: trabalhavam como professoras, davam catequese, visitavam as famílias e animavam a vida da comunidade. Eu me encantei, me apaixonei pela missão! Sinto-me realizada nesta Congregação, onde realizei e continuo realizando minha missão junto às crianças, adolescentes, jovens e adultos, atuando como professora, catequista, animadora de grupos de jovens, de pastorais sociais e estando próxima dos pequenos e sofridos que precisam de conforto, carinho, afeto e amor. Olá, adolescente, jovem: venha conosco partilhar sua vida, seus dons, suas alegrias, seu entusiasmo, seus sonhos! Tenho certeza de que você se sentirá amada, valorizada, acolhida por todos e será muito feliz. Você pode ser missionária como professora de crianças, adolescentes e jovens; ou como advogada, enfermeira, médica, assistente social, administradora, contadora. O Senhor nos chama e nos envia para uma grande missão, seja no Brasil ou fora dele. Vivo feliz há mais de 50 anos nesta família religiosa que, um dia, me acolheu. Gratidão a Deus pela minha vocação! Contamos com você! Venha nos conhecer e fortalecer a missão. (Irmã Marlene Mazzini, Catequista Franciscana)

“Ó Jesus, meu amor, minha vocação, encontrei-a afinal: minha vocação é o amor” (Manuscrito B, 3v, Santa Teresinha do Menino Jesus). A vida religiosa, no seio da Igreja, é como o coração: por meio de uma oferta incessante, contribuímos para o sustento do povo de Deus com nossa entrega e orações. É também um sinal visível do seguimento de Cristo. Pela consagração, vivida nos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, buscamos corresponder ao Bom Deus, que, por amor, nos chamou. Não é mérito nosso, mas sim misericórdia dEle. Podemos afirmar que não há maior alegria do que fazer a vontade de Deus em todas as coisas. Como Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo, aprendemos que o segredo da vida está em amar e deixar-se amar, sendo enviadas a irradiar esse Amor por onde quer que estejamos. Rezemos pelas vocações religiosas e peçamos ao Senhor que muitos corações tenham a coragem de dizer “sim” ao chamado divino. (Irmã Cíntia, Carmelita Mensageira do Espírito Santo)

IRMÃ ADRIANA, PMMI

Coordenação Diocesana de Pastoral e SAV