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“A celebração dominical da Eucaristia está no centro da vida da Igreja: nós vamos à Missa para encontrarmos o Senhor ressuscitado, ou melhor, para nos deixarmos encontrar por Ele”, disse o Papa Francisco.

 

A importância de ir à igreja aos Domingos

 

Desde os primeiros tempos, os discípulos de Jesus celebravam o encontro eucarístico com o Senhor no primeiro dia da semana. Depois da Páscoa, acostumaram-se a esperar a visita do Mestre; foi nesse dia que Ele ressuscitou. Assim, o primeiro dia da semana passou a ser chamado pelos cristãos de “Dia do Senhor” ou o “Domingo”.

Por isso, o Domingo é para o cristão um dia santo: santificado pela Celebração Eucarística, presença viva do Senhor entre nós e para nós. Assim, ouvir a Sua Palavra, alimentar-nos à Sua Mesa, nos torna o Seu corpo místico.

 

Por que ir à Missa aos Domingos?

 

Não basta responder que é um preceito da Igreja. Os cristãos precisam participar da Missa Dominical porque, somente com a Graça de Jesus e com Sua presença viva em nós e entre nós, podem colocar em prática o Seu mandamento e ser Suas testemunhas.

 

Os dias de preceito na Igreja

 

O cerne do mandamento do repouso dominical é estar com Deus e dedicar tempo a Ele, especialmente participando da Eucaristia.

Os dias de preceito são, portanto, aqueles em que a participação na Eucaristia é uma obrigação para os fiéis, sob pena de pecado grave.

O Código de Direito Canônico, no cânon 1247, ressalta:

“No Domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da Missa; além disso, devem abster-se das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo”.

Além disso, recordamos que os cinco mandamentos da Igreja auxiliam os fiéis a viver de forma mais concreta a sua fé:

 

1. Ouvir a Missa inteira e abster-se de trabalhos servis nos Domingos e festas de guarda: A obrigatoriedade de ir à Santa Missa nos dias de preceito baseia-se no primeiro mandamento da Lei de Deus, pois participar da Eucaristia, sobretudo nesses dias, faz parte da busca por amar a Deus sobre todas as coisas e colocá-Lo em primeiro lugar em nossa vida;

2. Confessar-se ao menos uma vez em cada ano: O segundo preceito garante que o fiel se prepare para a Eucaristia por meio da confissão, ao menos uma vez ao ano;

3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição: este terceiro mandamento da Igreja estabelece que o fiel, ao menos uma vez por ano, após ter se confessado, receba o Corpo e o Sangue do Senhor;

4. Guardar abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja: A ascese e a penitência preparam os fiéis para as festas litúrgicas e os ensina a adquirir domínio sobre seus instintos;

5. Prover as necessidades da Igreja, segundo os legítimos usos, costumes e determinações: destaca a obrigação dos fiéis em prover, conforme suas possibilidades, as necessidades materiais da Igreja.

 

Quais são os dias de preceito na Igreja Católica?

 

Em primeiro lugar, “o Domingo”, em que se celebra o mistério pascal. Os fiéis devem, obrigatoriamente, participar da Santa Missa todos os Domingos. 

Diante da impossibilidade de participar da Missa, o preceito é cumprido por meio da participação na Celebração da Palavra. A partir do sábado à noite, já celebramos a liturgia do Domingo; por isso, quem participa da celebração no sábado à noite está cumprindo o preceito dominical.

Além dos Domingos, também algumas festas são consideradas dias de preceito ou festas de guarda. Nos dias de preceito, o cristão precisa seguir as orientações da Igreja. O elemento principal é a participação na Santa Missa. Os “dias santos”, em que todos os católicos são obrigados a assistir a Santa Missa, são:

 

*Todos os domingos;

*Natal;

*Epifania;

*Ascensão de Jesus ao Céu;

*Pentecostes;

*Corpus Christi, sempre numa quinta-feira após a oitava de Pentecostes;

*Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, dia 1º de janeiro;

*Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, dia 8 de dezembro;

*Assunção de Nossa Senhora;

*São Pedro e São Paulo;

*Festa de Todos os Santos.

 

Todas as solenidades de preceito começam a ser celebradas no dia anterior, nas primeiras Vésperas. As Vésperas são uma celebração da Liturgia das Horas e ocorre após as três horas da tarde (hora nona), mais próximas do anoitecer. Não há, portanto, um horário fixo, mas as Vésperas se iniciam quando o dia começa a declinar. Além disso, o cânon 1248 especifica que a participação deve ser em uma Missa celebrada no rito católico, ou seja, não é necessário que seja uma liturgia dominical. Isso significa que, se você participou de uma Missa de casamento no sábado à noite, por exemplo, cumpriu o preceito, pois é uma celebração eclesiástica válida. No entanto, o espírito de observar o Domingo se mantém: você pode ir à Missa no sábado, mas deve se dedicar a Deus no Domingo, uma vez que este é o Dia do Senhor e da Sua Ressurreição.

 

Ir além do preceito

 

A Missa é o maior acontecimento da história; ela transcende o tempo e o espaço. É o próprio Deus que Se faz alimento para nós. Assim como o corpo precisa de alimento material, a alma precisa ser nutrida espiritualmente, encontrando na Eucaristia uma fonte preciosa.

Portanto, embora o preceito nos lembre dessa dádiva, nosso coração deve ser impelido a ir além. Devemos buscar a Missa não apenas por obrigação, mas por um desejo ardente de nos unirmos diariamente a esse tesouro celestial. Alimentar nossa fé, fortalecer nosso espírito e estar mais próximos de Deus são caminhos que vão além do preceito; são convites constantes para experimentar a plenitude da vida na Eucaristia.