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Iniciamos o mês de novembro, iluminados com o testemunho e a vida de todos os santos e santas, que no dia a dia fizeram de si uma oferta a Deus e aos irmãos. Por isso, eles tornaram-se, no caminho da nossa fé, referência e sinal, apontando-nos Jesus Cristo como fonte e caminho da nossa santificação.
A Igreja nos diz que a santidade brota do Sacramento do Batismo. O Concílio Vaticano II ensina que a santidade é vocação para todos. Somos chamados a percorrer o caminho que leva Deus e ao encontro com os irmãos. O Evangelho (Mt 5,1-12) apresenta as Bem-Aventuranças como caminho de vida “para aqueles que não depositam sua confiança nas coisas, mas no amor de Deus; para aqueles que têm um coração simples, humilde, que não julgam os outros. Essas pessoas sabem sofrer com os que sofrem e se alegrar com os que se alegram. Não são violentos, mas misericordiosos e buscam ser artífices da reconciliação e paz” (Papa Francisco).
O Senhor Deus nos diz: “Sede santos, porque Eu, o Senhor vosso Deus, sou Santo” (cf. Lv 19,2); depois, no Evangelho, insiste: “Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito!” Em outras palavras: sede como o vosso Deus, deixai-vos invadir por Ele, transformar por Ele! Deixai que Ele seja a fonte, o alicerce, o fundamento, o rumo da vossa vida! Crer nEle e deixar-se invadir por Ele e ir assumindo Seus sentimentos, Seus pensamentos, Suas atitudes, Seus desígnios. Em outras palavras: se Eu sou o Senhor para vós, sede santos como Eu, tende um coração como o meu: não guardes ódio no coração, não te vingues, repreende o teu próximo com bom coração, ama de verdade o próximo como a ti mesmo!
O único sentido essencial de Deus nos ter criado foi para sermos santos. Na santidade a pessoa se realiza totalmente, alcança a verdadeira alegria, se preenche, encontra o real sentido de viver. A santidade é como um caminho seguro, vamos por ele sem medo, com confiança; os outros caminhos que não nos levam à santidade provocam, no interior da pessoa, o medo, a insegurança, a alegria passageira e superficial, o vazio existencial, a carência em diversas dimensões da vida. Noutros caminhos não se consegue se preencher, mesmo com as diversas opções que se nos apresentam neste mundo. O Catecismo da Igreja Católica, nos números 2013-2014, diz: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' (Mt 5, 48): Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (...), a fim de que, cumprindo em tudo a vontade do Pai, se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja pela vida de tantos santos.”
No caminho da santidade, o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate nº 01, assim nos encoraja para a vivência deste testemunho: “'ALEGRAI-VOS E EXULTAI' (Mt 5, 12), diz Jesus a quantos são perseguidos ou humilhados por causa dEle. O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propõe nestes termos: 'anda na minha presença e sê perfeito' (Gn 17, 1).”
Busquemos a santidade como resposta vocacional ao amor que recebemos de Jesus, que em tudo procurou fazer a vontade de Deus.
DOM ONÉCIMO ALBERTON