Loading...

Artigos

Ser Catequista no estilo Mariano

No mês dedicado à Mãe de Jesus e nossa Mãe, somos chamados a refletir sobre as atitudes do Catequista inspiradas no que lemos sobre Maria de Nazaré nos evangelhos. Maria é uma mulher de fé, portanto atenta à voz de Deus e disponível para colaborar com o Seu projeto de salvação. “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38), responde ela ao Anjo. A atitude fundamental de um Catequista deverá ser a abertura para colaborar com a vontade de Deus, dado que a obra da evangelização é, em primeiro lugar, um projeto divino. Para isso, é preciso ter e ser:

 

Iniciativa: Após a Anunciação, ao ficar sabendo da gravidez de Isabel, já no sexto mês, Maria não espera um grito de socorro da prima. Tomando a iniciativa, parte “apressadamente” para a casa de Zacarias, sem deixar-se abater pelo caminho difícil da “região montanhosa” que precisava atravessar (cf. Lc 1,39ss). O Catequista que se coloca a serviço de Deus através da comunidade toma a iniciativa em vez de ficar parado vendo as coisas acontecerem; se envolve nos trabalhos pastorais sem sucumbir aos obstáculos que, porventura, aparecem.

Sensibilidade: Atenta ao que se passa ao redor, Maria não deixa de perceber a carência daqueles que “não têm vinho”. Nas bodas de Caná (cf. Jo 2,1ss), intervém com presteza, ciente de que não é o centro das atenções, apontando para Jesus e confiando em Sua misericórdia. Se não entrarmos na dinâmica da solidariedade, agindo em favor das necessidades dos outros, corremos o risco de pensarmos somente no que falta para nós. Deste modo, o Catequista é chamado a estar sempre atento às necessidades dos catequizandos e dos demais catequistas, ponderando que contribuição poderia dar.

Presença: Aos pés da cruz de seu Filho, Maria não pôde fazer muita coisa. Contudo, se fez, ao menos, presença solidária na dor. Ela sofre com e por Jesus e permanece “de pé” (Jo 19,25), graças à sua esperança. Nenhum Catequista conseguirá preservar seu catequizando de todos os problemas. A realidade nos põe diante de inúmeras situações complexas e, às vezes, trágicas. Mas o Catequista, alicerçado na esperança cristã, representará a Igreja solidária nas horas de dor, que, embora não consiga resolver os problemas como gostaria, não abandona seus filhos.

Perseverança: Maria não é autossuficiente, portanto, não se coloca acima da Comunidade. Após a Ascensão de Jesus, permanece em oração junto aos apóstolos e aos demais discípulos, esperando confiante o Dom do Alto (cf. At 1,14). Verdadeira discípula porque ouve a Palavra de Deus e a põe em prática (cf. Lc 11,28), ela sabe que, sem Comunidade, não há seguimento de Jesus. Assim é o Catequista: não se coloca acima ou à parte da comunidade, mas persevera junto com ela, com suas virtudes e seus vícios.

 

Enfim, estas são algumas das atitudes de Maria que podem inspirar nós, Catequistas, em nossas atividades pastorais e em nossa atuação cristã de modo geral. O Reino não exige de nós perfeição. Todos sabemos de nossas fraquezas, mas que haja empenho, dedicação, vontade de fazer o Evangelho frutificar para a vida do mundo. Inspiremo-nos no “estilo mariano” evangelizador. Estilo feito de força e ternura, de justiça e amor, de sensibilidade, que descobre os mínimos sinais do Evangelho, assim como dos grandes acontecimentos. Maria é “modelo eclesial para a evangelização, para que a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos, e torne possível o nascimento de um mundo novo e de pessoas novas” (Doc. 107 CNBB, Iniciação à Vida Cristã, 114).

Que a Bem-aventurada Virgem Maria, a Estrela da Evangelização, interceda por todos os Catequistas de nossa Diocese. Amém!

 

SILVANA LAUREANO DA SILVA DE SOUZA

Coordenadora Diocesana de Catequese

Galeria

Imagens relacionadas